A memória e o espaço sagrado: os colonos e a apropriação simbólica dos lugares

Resumo

O presente artigo propõe-se a ser uma reflexão acerca das relações que os colonos estabeleceram com o novo território no qual reconstruíram o seu novo espaço e as suas memórias. Por recurso à análise teórica, é nosso objetivo tentar perceber a importância que teve a eleição de alguns lugares tidos como sagrados e mostrar que os portugueses ao construírem as suas memórias coletivas organizaram o espaço, edificaram templos e cuidaram de alguns símbolos sagrados. Para muitos deles tornou-se fundamental agruparem-se em confrarias, dentre outras associações, e nesses lugares projetaram as suas crenças e seus ideais fundados na solidez das pedras, ao mesmo tempo que ancoravam os seus sentimentos de pertença ao passado e cultuavam os seus santos, sem contudo perderem as suas matrizes religiosas.