Série histórica e perfil epidemiológico de hepatites virais no estado do Rio Grande do Norte
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2022.v48.37985Palavras-chave:
Hepatite Viral Humana, Estudos de Séries Temporais, Perfil de Saúde, Monitoramento EpidemiológicoResumo
Introdução: As hepatites virais são doenças causadas por vírus que possuem tropismo pelo tecido hepático e apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Objetivo: Descrever a série histórica e perfil epidemiológico dos casos confirmados de hepatites virais do estado do Rio Grande do Norte no período de 2008 a 2018. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo ecológico de série histórica. Para a caracterização clínica, foram utilizadas as variáveis fonte de infecção, forma clínica, classificação etológica, sorologias e classificação final dos casos de hepatites virais no estado do Rio Grande do Norte. Utilizou-se dados disponíveis do Sistema de Informação de Agravos de Notificação de 2008 a 2018. Resultados: Houve 3.069 casos com variações irregulares dos números durante os anos, com mínima de 125 casos confirmados em 2015, chegando até a máxima de 445 no ano de 2013. No tocante ao sexo, percebe-se que o masculino com 1.774 com 58,91% dos casos. De acordo com a faixa etária, a que mais destacou-se foi a de 40 a 59 anos, com 912 representando cerca de 29,71% dos casos. E sobre as regiões de saúde, a metropolitana foi onde ocorreu o maior número de casos, com 1.200 (39,10%). Sobre a sua etiologia viral os mais predominantes foram HAV (40,72%), HCV (34,58%) e seguido do HBV (18,68%). A principal fonte de transmissão dos vírus hepatotrópicos foi por alimento/água, e suas formas clínicas mais prevalentes foram hepatite aguda com 1448 eventos (47,18%) em seguida da crônica com 1387 (45,20%). Conclusão: No estado do Rio Grande do Norte existe uma variação irregular de casos confirmados durante os anos, trazendo como características socioeconômicas e clínicas, o vírus A com maior incidência, estando relacionado a transmissão fecal-oral e as condições locais de higiene e saneamento básico. Assim, como forma clínica mostra a prevalência de hepatite aguda no estado.
Downloads
Referências
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2016.
Macedo TFS, Silva NS, Silva VYNE, Kashiwabara TGB. Hepatites virais: uma revisão de literatura. Braz J Surg Clin Res. 2013-2014; 5(1):55-8.
Organización Panamericana de la Salud. La hepatitis B y C bajo la lupa; la respuesta de salud pública en la Región de las Américas. Washigton: Organización Panamericana de la Salud; 2016.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico: hepatites virais. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
Silva JS, Medeiros CSP, Oliveira VLC, Dantas DS, Souza DE et al. Perfil epidemiológico de mulheres em idade fértil com hepatites virais na região Trairí e Potengi, Rio Grande do Norte, Brasil. Fisioterapia Brasil. 2012; 13(6):79-85.
Justino EMG, Bacelar SSS, Araújo SD, Oliveira RM, Almeida EB et al. Perfil de portadores de hepatite B em um serviço de referência: estudo retrospectivo. Rev Bras Promoç Saúde. 2014; 27(1):53-61.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BR). Características da população e dos domicílios: resultados do universo [Internet]. [citado em 15 maio 2019]. Rio de Janeiro: 2018. Acesso em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_da_populacao/resultados_do_universo.pdf.
Brasil. Decreto n. 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. Diário Oficial da União. 2011.
Bandeira LLB, Souza CS, Marques DR, Peruzini GA, Guedes LV, Souza Neto JD. Epidemiologia das hepatites virais por classificação etiológica. Rev Soc Bras Clin Med. 2019; 16(4):227-31.
Bispo WF, Santos PFBB, Wesp LHS, Medeiros ER, Souza PB, Galvão MC. Situação vacinal contra hepatites A e B em crianças da educação infantil. Enferm Foco. 2017; 8(4):31-6.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Informe técnico da introdução da vacina adsorvida hepatite A (inativada). Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
Nunes, HM, Sarmento VP, Malheiros AP, Paixão JF, Costa OSG, Soares MCP. As hepatites virais: aspectos epidemiológicos, clínicos e de prevenção em municípios da Microrregião de Parauapebas, sudeste do estado do Pará, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude. 2017; 8(2):29-35.
Vigani AG. Hepatites virais: passado, presente e futuro. Rev Panam Infectol. 2014; 16(1):46-56.
Zhang X, An J, Tu A, Liang X, Cui F et al. Comparison of immune persistence among inactivated and live attenuated hepatitis a vaccines 2 years after a single dose. Hum Vaccin Immunother. 2016; 12(9):2322-6.
Sociedade Brasileira de Infectologia (BR). Boletim terapêutico de HIV/Aids, DST e hepatites virais. 2003; 1(4):1-4.
Vieira MRM, Gomes LMX, Nascimento WDM, Pereira GVN, Dias OV et al. Aspectos epidemiológicos das hepatites virais no norte de Minas Gerais. Rev Baiana Saúde Publica. 2010; 2(34):348-58.
Barbosa DA, Barbosa AMF. Evaluation of viral hepatitis database completeness and consistency in the state of Pernambuco, Brazil, 2007-2010. Epidemiol Serv Saúde. 2013; 1(22):49-58.
Rodrigues TO, Oliveira RCM, Moraes AB, Silva CM, Guedes HL, et al. Perfil epidemiológico das hepatites virais no município de Teresina/PI no período de 2007 a 2017. REAS. 2018; 10(5):2096-104.
Sousa ARA, Alves AAC, Mamede AL, Maciel CNAT, Marques DMS et al. Estudo Epidemiológico sobre hepatite na Região Nordeste entre 2010 a 2018 através de dados do DATASUS. REAMed. 2021; 1(2):1-8.
Margreiter S, Ferreira JM, Vieira ILV, Koneski JM, Souza LH, et al. Estudo de prevalência das hepatites virais B e C no município de Palhoça – SC. Rev Saúde Públ Santa Cat. 2015; 8(2):21-32.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jordana de Oliveira Freire, Eliabe Rodrigues de Medeiros, Bárbara Coeli Oliveira da Silva, Rafaela Cavalcanti de Albuquerque Nascimento, Fladjany Emanuelly Faustino da Silva, Alexsandra Rodrigues Feijão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Cessão de Primeira Publicação à HU Revista
Os autores mantém todos os direitos autorais sobre a publicação, sem restrições, e concedem à HU Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento irrestrito do trabalho, com reconhecimento da autoria e crédito pela citação de publicação inicial nesta revista, referenciando inclusive seu DOI.