O impacto do peso flutuante sobre fatores de risco cardiovascular em mulheres obesas

Autores

  • Josevaldo Rodrigues Campos Hospital Universitário de Sergipe
  • Márcia Ferreira Cândido de Souza Hospital Universitário de Sergipe
  • Karinne Maria Oliveira Araújo Hospital Universitário de Sergipe
  • Sheila Garcia Olmo Hospital Universitário de Sergipe
  • Amanda Azevedo Lima Hospital Universitário de Sergipe
  • Carolina Prado De Oliveira Bergamini Hospital Universitário de Sergipe

Palavras-chave:

Peso flutuante, Excesso de peso em mulheres, Obesidade em mulheres, Fatores de risco cardiovascular

Resumo

O Peso Flutuante tem como principal característica um ciclo constituído de perda de peso intencional e ganho de peso não intencional, geralmente observado entre indivíduos obesos. O objetivo do estudo foi identificar a prevalência de Peso Flutuante e avaliar as suas possíveis implicações no controle de fatores de risco cardiovascular em mulheres obesas. Foram coletados os dados clínicos, antropométricos e bioquímicos de 64 mulheres atendidas no ambulatório de nutrição do Hospital Universitário de Sergipe, que se encaixaram nos critérios de inclusão da pesquisa. Foi considerado Peso Flutuante uma oscilação de 5% do peso inicial, entre perda e ganho ou vice-versa. O Peso Flutuante foi identificado em 32,8% das pacientes, sendo a maioria classificada como obesa e sedentária. As pacientes que não apresentaram oscilação do peso corporal praticaram mais atividade física e tiveram maior percentual de antecedentes familiares para obesidade. Foi observado no presente estudo que não houve melhora nas variáveis clínicas e bioquímicas analisadas, concluindo-se que a ocorrência do Peso Flutuante pode impedir a evolução do quadro clínico de indivíduos que passam por tal alteração ponderal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, R. T. et al. Prevalência de obesidade abdominal e fatores associados em trabalhadoras de uma instituição de ensino superior. Revista Baiana de Saúde Pública, Feira de Santana, v. 35, n. 4, p. 911-931, out./dez., 2011.

ALMEIDA, R. T.; ALMEIDA, M. M. G.; ARAUJO, T. M. Obesidade abdominal e risco cardiovascular: desempenho de indicadores antropométricos em mulheres. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 92, n. 5, May, 2009.

AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Diagnosis and classification of diabetes mellitus. Diabetes Care, Alexandria, v. 27, no. 1, p. 5-10, 2004.

ANDRADE, B. M. C.; MENDES, C. M. C.; ARAÚJO, L. M. B. Peso Flutuante no Tratamento de Mulheres Obesas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, Salvador, v. 48, n. 2, p. 276-281, 2004.

ASSMANN, G.; NOFER, J. R. Atheroprotective effects of high-density lipoproteins. Annual Review of Medicine, Münster, v. 54, p. 321-341, 2003.

COELHO, V. G., et al. Perfil lipídico e fatores de risco para doenças cardiovasculares em estudantes de medicina. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 85, n. 1, Jul, 2005.

FJELDSOE, B. et al. Systematic review of maintenance of behavior change following physical activity and dietary interventions. Health Psychology, Washington DC, v. 30, no. 1, p. 99-109, 2011.

HAUN, D. R.; PITANGA, F. J. G.; LESSA, I. Razão cintura/estatura comparado a outros indicadores antropométricos de obesidade como preditor de risco coronariano elevado. Revista da Associação Médica Brasileira, Salvador, v. 55, n. 6, p. 705-11, 2009.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro, 2010.

LAHTI-KOSKI, M. et al. Prevalence of weight cycling and its relation to health indicators in Finland. Obesity Research, Finland, v. 13 no. 2, p. 333-341, 2005.

LIMA, E. S.; COUTO, R. D. Estrutura, metabolismo e funções fisiológicas da lipoproteína de alta densidade. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, v. 42, n. 3, June, 2006.

MASON, C. et al. History of weight cycling does not impede future weight loss or metabolic improvements in postmenopausal women. Metabolism and Experimental, Seattle, v. 62, p. 127–136, 2013.

MEDIANO, M. F. F. et al. Efeito do exercício físico na sensibilidade à insulina em mulheres obesas submetidas a programa de perda de peso. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 51, n. 6, p. 993-999, 2007.

MONTANI, J. P. et al. Weight cycling during growth and beyond as a risk factor for later cardiovascular diseases: the ‘repeated overshoot’ theory. International Journal of Obesity, Fribourg, v. 30, no. 4, p. 58–66, 2006.

NCEP-ATP III. National Institute of Health. Third Report of the National Cholesterol Education Program. Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). Nº 01-3670. Washington, D.C.: National Institute of Health; 2001. KOPELMAN, P. G. Obesity as a medical problem. Nature, 404(6778), p. 635-643, 2000.

OKAY, D. M. et al. Exercise and obesity. American Journal of Preventive Medicine, Midlothian, v. 36, no. 2, p. 379-393, 2009.

OLIVEIRA, S. P. S. G. et al. Flutuação de peso nos pacientes em tratamento de obesidade atendidos no ambulatório de endocrinologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição entre 2002 e 2005. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, v. 51 n. 3, p. 190-197, jul./set., 2007.

RICHELSEN, B.; VRANG, N. Why is weight loss so often followed by weight regain? Basal biological response as a possible explanation. Ugeskr Laeger, København, v. 168, no. 2, p. 159-63, Jan, 2006.

SCHERER, F.; VIEIRA, J. L. C. Estado nutricional e sua associação com risco cardiovascular e síndrome metabólica em idosos. Revista de Nutrição, Campinas, v. 23, n. 3, June, 2010.

SHIMANO, H. et al. Proposed guidelines for hypertriglyceridemia in Japan with non-HDL cholesterol as the second target. Journal of Atherosclerosis and Thrombosis, Tsukuba, v. 15, no. 3, p. 116-121, 2008.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia; Rio de Janeiro, v. 95 (1 supl.1), p. 1-51, 2010.

STEVENS, V. L. et al. Weight Cycling and Risk of Endometrial Cancer. Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, Atlanta, v. 21, p. 747-752, 2012.

STRYCHAR, I. et al. Anthropometric, Metabolic, Psychosocial, and Dietary Characteristics of Overweight/Obese Postmenopausal Women with a History of Weight Cycling: A MONET (Montreal Ottawa New Emerging Team) Study. Journal of the American Dietetic Association, Montreal, v. 109, p. 718-724, 2009.

VIEIRA, E. A. et al. Razão triglicérides/HDL-C e proteína C reativa de alta sensibilidade na avaliação do risco cardiovascular. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, Salvador, v. 47, n. 2, p. 113-118, Abril, 2011.

YOO, H. J. et al. Difference of body compositional changes according to the presence of weight cycling in a community-based weight control program. Journal of Korean Medical Science, Anyang, v. 25, p. 49-53, 2010.

World Health Organization. Obesity: Preventing and Managing the global epidemic – Report of a WHO consultation on obesity. WHO Global Report. Geneva, 1998.

Downloads

Publicado

2016-04-19

Como Citar

1.
Campos JR, Souza MFC de, Araújo KMO, Olmo SG, Lima AA, Bergamini CPDO. O impacto do peso flutuante sobre fatores de risco cardiovascular em mulheres obesas. HU Rev [Internet]. 19º de abril de 2016 [citado 28º de março de 2024];41(3 e 4). Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2408

Edição

Seção

Artigos Originais