Internações por encefalite viral em crianças e adolescentes na região Sudeste do Brasil entre 2014 e 2024
Palabras clave:
Adolescente, Brasil, Criança, Encefalite viral, Epidemiologia descritiva, HospitalizaçãoResumen
Introdução: As encefalites virais, embora raras, configuram importante causa de morbimortalidade em crianças e adolescentes. No contexto brasileiro, a escassez de estudos regionais restringe o conhecimento sobre sua distribuição epidemiológica. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das internações por encefalite viral em crianças e adolescentes na região Sudeste do Brasil entre 2014 e 2024. Material e Métodos: Estudo ecológico descritivo com dados secundários do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), utilizando a ferramenta TABNET. Foram analisadas internações por encefalite viral (CID-10: A86) em indivíduos de 0 a 19 anos, na região Sudeste, entre 2014 e 2024, por meio de estatística descritiva. Resultados: Identificaram-se 3009 internações no período. A maior prevalência anual ocorreu em 2017 (10,80%) e a menor em 2020 (6,65%). O estado de São Paulo concentrou o maior número de casos (42,80%). Observou-se leve predominância no sexo masculino (57,63%) e na faixa etária de 1 a 4 anos (34,69%). Quanto à raça/cor, pacientes pardos (41,7%) e brancos (32,67%) foram os mais internados. Não se identificou padrão sazonal claro. A taxa de óbitos foi de 1,96%, mais elevada entre crianças de 5 a 9 anos (42,37%) e adolescentes de 15 a 19 anos (25,42%), com predominância masculina (66,10%). Conclusão: O estudo revelou um perfil importante das internações por encefalite viral em crianças e adolescentes na região Sudeste, com maior prevalência em crianças pardas de 1 a 4 anos, residentes em São Paulo, e leve predominância masculina. A ausência de sazonalidade e a taxa de mortalidade, ainda que baixa, reforçam a necessidade de vigilância contínua, melhor manejo clínico e priorização de ações de saúde e investigações etiológicas dos casos.
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