Morbidade hospitalar de crianças de zero a nove anos no Hospital Universitário de Lagarto, Sergipe, Brasil: uma análise entre 2013 e 2022
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2023.v49.42602Palabras clave:
Saúde da Criança, Inquéritos de Morbidade, Hospitalização, Hospitais Universitários, Sistema Único de SaúdeResumen
Introdução: A maioria das crianças apresenta doença ou agravo de saúde que necessita de assistência hospitalar (incluindo internação) em algum momento de sua infância. Os impactos da internação podem ocorrer no crescimento e desenvolvimento infantil e nos custos envolvidos. Objetivo: Avaliar a morbidade hospitalar de crianças de zero a nove anos no Hospital Universitário de Lagarto (HUL), Sergipe, Brasil, nos últimos dez anos. Material e Métodos: Foi realizado um estudo ecológico, do tipo série temporal, considerando a quantidade anual internações hospitalares como variável primária. Foi estimada a tendência temporal da incidência entre 2013 e 2022, além de descrever indicadores de morbidade e comparar a incidência em relação ao sexo, faixa etária e CID-10. O nível de significância foi de 5%. Resultados: Nos últimos dez anos, quase seis mil internações hospitalares de crianças de zero a nove anos foram aprovadas no HUL. O valor médio de cada internação hospitalar foi de R$433,61 com tempo médio de permanência foi de 4,8 dias. A tendência temporal foi estacionária para todas as faixas etárias (menores de um ano, entre um e quatro e entre cinco e nove anos) (p >0,05). Entretanto, a incidência de hospitalizações de crianças menores de um ano foi significativamente maior quando comparada às outras faixas etárias (p <0,05), assim como de crianças do sexo feminino em relação ao masculino (p <0,05). Por fim, observou-se que as doenças do aparelho respiratório foram as mais comuns, cuja incidência foi significativamente superior a todos os outros grupos de doenças do CID-10 (p <0,05). Conclusão: Nos últimos dez anos, o HUL apresentou um padrão morbidade hospitalar com maior prevalência de internações em crianças de 1 a 4 anos e por causas respiratórias.
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