Condições de saúde e perfil epidemiológico de crianças e adolescentes institucionalizados: estudo transversal retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2023.v49.40258Palabras clave:
Perfil de Saúde, Criança Acolhida, Saúde da Criança Institucionalizada, OrfanatosResumen
Introdução: A população infantil é frequentemente vítima de maus tratos, violências e negligências por parte dos familiares, o que ameaça sua integridade física e emocional, remanescendo a alternativa de acolhimento em instituições de abrigo infantil com a finalidade de proteção e cuidado. Objetivo: Analisar as condições de saúde e o perfil epidemiológico da população infantil institucionalizada. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, realizado a partir da coleta de dados de prontuários e outros documentos das crianças e adolescentes acolhidos em uma instituição de abrigo infantil do município de Governador Valadares, Brasil, no período entre janeiro de 2016 e dezembro de 2019. Resultados: Durante este período, foram abrigados 105 crianças e adolescentes, sendo a maioria do sexo feminino, com até 4 anos de idade e sem condição de saúde diagnosticada. Para a maioria dos acolhidos não havia informações sobre a história gestacional, dados do nascimento, vacinação e frequência na escola. O uso de álcool e/ou drogas pelos pais, negligência, abandono e violência foram os motivos mais frequentes da institucionalização. Grande parte das crianças e adolescentes permaneceu em acolhimento por até um ano, possuía irmãos também abrigados e foi reintegrada à família ou adotada por familiares. Conclusão: Os resultados do presente estudo poderão contribuir para subsidiar a implantação de políticas públicas que minimizem a vulnerabilidade social, evitando o acolhimento institucional e seus impactos negativos sobre o desenvolvimento infantil.
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