Comparação entre radiografia de cavum e vídeoendoscopia nasal no diagnóstico de hipertrofia de adenóide em pacientes pediátricos

Autores

  • André Costa Pinto Ribeiro Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Tarssius Capelo Capelo Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Ludimila de Oliveira Cardoso Ouverney Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Guilherme Laporti Brandão Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Audryo Oliveira Nogueira Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Hanny Helena Masson Franck Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Wilson BeniniGuércio Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2022.v48.37693

Palavras-chave:

Nasofaringe, Tonsila Faríngea, Radiografia, Endoscopia, Diagnóstico por Imagem

Resumo

Introdução: A hipertrofia adenoideana pode ocasionar diversos impactos na saúde: alterações no desenvolvimento craniofacial; distúrbios do sono; prejuízo no ganho pondero-estatural até mesmo enurese noturna. O diagnóstico dessa afecção passou por diversas mudanças ao longo do tempo sendo o padrão ouro a videoendoscopia nasal, entretanto com difícil acesso no sistema de saúde pública. Objetivo: Analisar a correlação entre a radiografia lateral de crânio (RLC) e videoendoscopia nasal, para o diagnóstico de hipertrofia de tonsila faríngea em pacientes da faixa etária pediátrica com sintomas relacionados a sono, apneia, obstrução nasal. Material e Métodos: Foram avaliados 35 pacientes com idade entre 5 e 14 anos atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia Pediátrica avaliados para possibilidade de hiperplasia adenoidiana, sendo submetido à vídeoendoscopia nasal e classificados segunda escala de Brodsky para hiperplasia sendo realizada também a radiografia de cavum cuja classificação para dimensão da adenóide foi considerada a razão adenóide nasofaringe (RAN). Resultados: A menor RAN adenóide nasofaringe foi de 0,38 e a maior foi de 0,95. Por sua vez a classificação percentual de Brodsky apresentou valor máximo e mínimo respectivamente 99% e 25%. Amostra apresentou correlação de Pearson de 0,72 entre as variáveis RAN e Classificação percentual de Brodsky, apresentando dessa forma uma correlação positiva forte; efetuado teste de X² considerando-se estatisticamente significativo p<0,05. Conclusões: A videoendoscopia nasal é um exame de média complexidade, que demanda aparelhagem específica e presença de especialista para execução. A RLC por sua vez é uma técnica propedêutica não-invasiva e financeiramente mais acessível junto à atenção primária.  O estudo em questão apontou que a RLC apresenta-se como uma alternativa viável e segura em relação à videoendoscopia nasal uma vez que se apresenta com boa correlação demonstrando assim boa acurácia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Sih T, Castro JC, Pinho M. Anel linfático de Waldeyer: histologia e imunologia. In: Pignatari SSN, Anselmo-Lima WT. Tratado de Otorrinolaringologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2018, p. 456-62.

Franco RAJ, Rosenfeld RM, Rao M. First place: resident clinical science award 1999: quality of life for children with obstructive sleep apnea. Otolaryngol Head Neck Surg. 2000; 123(1):9-16. https://doi.org/10.1067/mhn.2000.105254.

Almeida MM, Wandalsen GF, Solé D. Growth and mouth breathers. J Pediatr. 2019; 95(1):66-71. https://doi.org/10.1016/j.jpedp.2019.02.003.

Torre C, Guilleminault C. Establishment of nasal breathing should be the ultimate goal to secure adequate craniofacial and airway development in children. J Pediatr. 2018; 94(2):101-3. https://doi.org/10.1016/j.jped.2017.08.002.

Ribeiro ACP, Candido TC, Nascimento PHA, Rodrigues PF, Guércio WB. Crescimento pôndero-estatural de crianças e adolescentes submetidos à adenoamigdalectomia. Sci Med. 2021; 31:1-11.http://dx.doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.39746.

Brodsky L, Moore L, Stanievich JF. A comparison of tonsillar size and oropharyngeal dimensions in children with obstructive adenotonsillar hypertrophy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 1987; 13:149.https://doi.org/10.1016/0165-5876(87)90091-7.

Grasel SS, Francesco RC, Bech RMO, Almeida ER. Faringotonsilites e hipertrofia das tonsilas palatinas e faríngea. In: Pignatari SSN, Anselmo-Lima WT. Tratado de Otorrinolaringologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2018, p. 464-73.

Feres MFN, Hermann JS, Cappellette M, Pignatari SSN. Lateral X-ray view of the skull for the diagnosis of adenoid hypertrophy: a systematic review. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2011; 75(1):1-11. https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2010.11.002.

Ritzel RA, Berwing LC, Silva AMT, Corrêa ECR, Serpa EO. Correlação entre a nasofibrofaringoscopia e a cefalometria no diagnóstico de hiperplasia de tonsilas faríngeas. Int Arch Otorhinolaryngol. 2012; 16(2):209-16. https://doi.org/10.7162/S1809-97772012000200009.

Caylakli F, Hizal E, Yilmaz I, Yilmazer C. Correlation between adenoid-nasopharynx ratio and endoscopic examination of adenoid hypertrophy: a blind, prospective clinical study. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2009;73(11):1532-5.https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2009.07.018.

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (BR). Com investimento de R$259 mil, novo serviço de endoscopia é disponibilizado no hospital da Rede Ebserh/MEC em Araguaína (TO). [citado em 2021 maio 05]. 2021. Acesso em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/comunicacao/noticias.

Ministério da Saúde (BR). Sistema de gerenciamento da tabela unificada de procedimentos, medicamentos, opm do SUS: tabela unificada. [citado em 2021 julho 14]. 2022. Acesso em: http://sigtap.datasus.gov.br/tabelaunificada/app/sec/inicio.jsp.

Ribeiro ACP. Enurese primária nos pacientes com obstrução das vias aéreas superiores [Dissertação]. Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora; 2022.

Chien CY, Chen AM, Hwang CF, Su CY. The clinical significance of adenoid-choana e area ratio in children with adenoid hypertrophy. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2005; 69(2):235-9. https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2004.09.007.

Lourenço EA, Lopes K, Pontes AJ, Oliveira MH, Umemura A, Vargas AL. Comparison between radiological and nasopharyngolaryngoscopic assessment of adenoid tissue volume in mouth breathing children. Braz J Otorhinolaryngol. 2015; 71(1):23-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992005000100005.

Duan H, Xia L, He W, Lin Y, Lu Z, Lan Q. Accuracy of lateral cephalogram for diagnosis of adenoid hypertrophy and posterior upper airway obstruction: a meta-analysis. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2019; 119:1-9. https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2019.01.011.

Feres MFN, Sousa HIP, Francisco SM, Pignatari SSN.Reliability of radiographic parameters in adenoid evaluation. Brazilian Braz J Otorhinolaryngol. 2012; 78(4):80-90.

Acar M, Kankilic ES, Koksal AO, Yilmaz AA, Kocaoz D. Method of the diagnosis of adenoid hypertrophy for physicians: adenoid-nasopharynx ratio. J Craniofac Surg. 2014; 25(5):438-40. https://doi.org/10.1097/SCS.0000000000000952

Liu H, Feng X, Sun Y, Fan Y, Zhang J. Modified adenoid grading system for evaluating adenoid size in children: a prospective validation study. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2021; 278(6):2147-53. https://doi.org/10.1007/s00405-021-06768-8.

Cassanoa P, Gelardib M, Cassanob M, Fiorella ML, Fiorella R. Adenoid tissue rhinopharyngeal obstructiongrading based on fiberendoscopic findings: a novel approach to therapeutic management. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2003; 67:1303-09. https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2003.07.018

Sakano E. Videonasofaringoscopia na avaliação da hipertrofia adenoideana: importância e cuidados no diagnóstico. J Pediatr. 2005; 81(6):425-6.https://doi.org/10.2223/JPED.1413.

Calvo-Henriquez C, Branco AM, Lechien JR. Assessing the effect of adenoidectomy on nasal resistance and airflow: a systematic review and meta-analysis. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2021;151:110969. https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2021.110969.

Calvo-Henriquez C, Branco AM, Lechien JR, Maria-Saibene A, DeMarchi MV, Valencia-Blanco B et al. What is the relationship between the size of the adenoids and nasal obstruction? A systematic review. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2021; 151:110895. https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2021.110895.

Almeida RCC, Artese F, Carvalho FAR,Cunha RD, Almeida MAO. Comparison between cavum and lateral cephalometric radiographs for the evaluation of the nasopharynx and adenoids by otorhinolaryngologists. Dental Press J Orthod. 2011; 16(1):32.https://doi.org/10.1590/S2176-94512011000100006.

Downloads

Publicado

2022-09-01

Como Citar

1.
Costa Pinto Ribeiro A, Capelo TC, de Oliveira Cardoso Ouverney L, Laporti Brandão G, Oliveira Nogueira A, Masson Franck HH, BeniniGuércio W. Comparação entre radiografia de cavum e vídeoendoscopia nasal no diagnóstico de hipertrofia de adenóide em pacientes pediátricos. HU Rev [Internet]. 1º de setembro de 2022 [citado 19º de abril de 2024];48:1-8. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/37693

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)