Prevalência e fatores associados à ocorrência de lesão por pressão em pacientes internados em unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2020.v46.28248Palabras clave:
Lesão por Pressão, Unidade de Terapia Intensiva, Protocolos, Fatores de Risco, Equipe de EnfermagemResumen
Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva é o ambiente mais susceptível ao desenvolvimento de lesão por pressão devido ao estado crítico dos pacientes, representando campo importante para compreensão dos fatores desencadeantes deste evento a fim de preveni-lo. Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados ao surgimento de lesão por pressão em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva. Material e métodos: Estudo quantitativo, analítico e documental. Para a análise dos dados foi realizada estatística descritiva e inferencial. Os fatores associados foram analisados por meio da regressão logística binária. Adotou-se significância de 5% e confiança de 95%. Resultados: A amostra totalizou 566 prontuários de pacientes, sendo prevalente o sexo masculino, entre 20 e 39 anos de idade. Foi prevalente a ausência de lesão por pressão na admissão, como também o não desenvolvimento durante o internamento, embora a maioria dos pacientes apresentasse risco moderado para o desenvolvimento de lesão por pressão pela escala de Braden. Houve prevalência de 22,3% no surgimento de lesão por pressão, mesmo na existência do protocolo preventivo no setor. Os fatores associados ao surgimento de lesão por pressão foram a urgência/sala vermelha como setor de procedência (p=0,032) e o tempo de internamento igual ou superior a dez dias (p=0,029). Conclusão: Os resultados deste estudo evidenciaram prevalência relevante visto que a ocorrência de lesões por pressão é considerada um evento adverso relacionado ao internamento e a assistência prestada ao paciente crítico.
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