Fatores determinantes no atendimento a vítima de parada cardiorrespiratória pelos serviços pré-hospitalar

Autores/as

  • Patrícia de Oliveira Lima Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Hospital Universitário. Universidade Federal de Juiz de Fora. https://orcid.org/0000-0002-2163-3048
  • Sirleide Corrêa Rangel Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
  • Herlon Fernandes de Almeida Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri
  • Flávia Lima Miranda Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
  • Carliaine Aparecida Siqueira Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
  • Letícia Neves Vieira Costa NEOCENTER
  • Marcos Luciano Pimenta Pinheiro Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
  • Geisa Sereno Velloso da Silva Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2019.v45.27273

Palabras clave:

Serviços Médicos de Emergência, Parada Cardíaca, Qualidade da Assistência à Saúde

Resumen

Introdução: Mesmo com avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e ao treinamento de manobras de reanimação cardiopulmonar, ainda ocorrem muitos óbitos por parada cardiorrespiratória, sendo que as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade e incapacidade no Brasil e no mundo. Objetivo: Analisar as publicações referentes aos fatores determinantes na qualidade do atendimento a vítimas de parada cardiorrespiratória no ambiente pré-hospitalar. Material e Métodos: Revisão de literatura com o objetivo de responder à questão: quais os fatores determinantes na qualidade do atendimento a vítimas de parada cardiorrespiratória no ambiente pré-hospitalar? Como estratégia de busca utilizou-se publicações de 2008 a 2016, encontradas nas bases de dados Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, portal Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Resultados: Foram identificados 2096 artigos e, após análise dos critérios de elegibilidade, foram selecionados 14 estudos. Os estudos foram classificados dentre os extratos da produção intelectual, obtendo-se: 43% como nível de evidência 5, 36% com nível de evidência 4 e 21% com nível 3. Não foram identificados estudos com nível de evidência 2 ou 1. Após análise de evidência, houve a identificação e distribuição dos fatores que interferem na qualidade do atendimento a vítima de parada cardiorrespiratória em 4 categorias: I- estrutura física, recursos humanos, materiais e equipamentos; II- organização dos procedimentos e agentes estressores; III- sentimentos, emoções e alterações físicas dos profissionais envolvidos; IV- conhecimento técnico/prático da equipe. Conclusão: Por meio desta revisão pode-se identificar os fatores determinantes no atendimento a vítima de parada cardiorrespiratória no ambiente pré-hospitalar. Além disso, espera-se oferecer subsídio na atualização de protocolos assistenciais, assim como ressaltar a necessidade de educação permanente das equipes, adequação e gerenciamento de recursos humanos e materiais, proporcionando um atendimento eficaz e de qualidade.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Patrícia de Oliveira Lima, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Hospital Universitário. Universidade Federal de Juiz de Fora.

Enfermeira obstetra da Unidade de Atenção à Saúde da Mulher, setor Pré-natal. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Hospital Universitário. Universidade Federal de Juiz de Fora.

Citas

Feitosa Filho GS, Feitosa GF, Guimarães HP, Lopes RD, Júnior RM, Souto FAS et al. Atualização em reanimação cardiovascular: o que mudou com as novas diretrizes. Rev. bras. ter. intensiva. 2006; 2(18):177-85.

Timerman S, Gonzalez MMC, Ramires JAF, Quilici AP, Lopes QD, Lopes AC. Ressuscitação no Brasil e no mundo e o ILCOR (Aliança Internacional do Comitê de Ressuscitação): história e consenso 2010 de ressuscitação cardiopulmonar e emergências cardiovasculares. Rev. soc. cardiol. Estado de São Paulo. 2010; 20(2):207-23.

Kleinman ME, Brennan EE, Goldberger ZD, Swor RA, Terry M, Bobrow BJ, ET AL. Part 5: adult basic life support and cardiopulmonary resuscitation quality. In: American Heart Association. American Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Dallas: Circulation; 2015.

Bhanji F, Donoghue AJ, Wolff MS, Flores GE, Halamek LP, Berman JM et al. Part 14: education: resuscitation. Dallas: Circulation; 2015.

Murray CJL, Lopez AD. The Global Burden of Disease: a comprehensive assessment of mortality and disability from disease, injuries and risk factors in 1990 and projected to 2020. Cambridge: World Health Organization, World Bank & Harvard School of Public Health; 1996.

Kawakame P, Miyadahira A. Avaliação do processo ensino aprendizagem de estudantes da área de saúde: manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Rev. esc. enferm. USP. 2015; 49(4):657-64.

Gonzalez MM, Timerman S, Oliveira RG, Polastri TF, Dallan LAP, Araújo S et al. Guideline for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care: Brazilian Society of Cardiology: executive summary. Arq Bras Cardiol. 2013.

American Heart Association. Destaque das diretrizes da American Heart Association 2010 para RCO e ACE [versão em português]. 18 de outubro de 2010. Disponível em: http://www.heart.org/idc/groupps/heartpublic/@ecc/documents/downloadable/ucm_31733.pdf.

Sousa MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010; 8(1):102-06.

Whitemore R, Kethllen K. The integrative review: updated methodology. J. Adv. Nurs. 2005; 52(5):546-53.

Azevedo ALCS, Chaves LDP. Gerenciamento do cuidado de enfermagem em unidade de urgência traumática [Dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2010.

Menezes RR, Rocha AKL. Dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem no atendimento à parada cardiorespiratória. InterScientia. 2013; 1(3):2-15.

Conova JCM. Parada cardiorrespiratória e ressuscitação cardiopulmonar: vivências da equipe de enfermagem de um hospital escola [Dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2012.

Carreno I, Veleda CN, Moreschi C. Característica da equipe de atendimento pré-hospitalar no interior do Rio Grande do Sul. Rev. min. enferm. 2015; 19(1):88-94.

Ministério da Saúde (BR). Regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência. Portaria n. 2.048/GM, de 5 de novembro de 2002. Brasília: Imprensa Nacional; 12 nov. 2002; p. 32-54.

Siqueira HCH, Pereira QLC, Eveline do Amor Divino EA. A capacitação da equipe que atua no atendimento pré-hospitalar móvel: necessidade e importância da educação permanente na perspectiva dos trabalhadores. Rev. min. enferm. 2009; 13(3):365-71.

Morais DA. Ressuscitação cardiopulmonar pré-hospitalar: fatores que determinantes da sobrevida [dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2012. 113 p.

Cristina JA, Dalri MCB, Cyrillo RMZ, Saeki T, Veiga EV. Vivências de uma equipe multiprofissional de atendimento pré-hospitalar móvel em suporte avançado de vida na assistência ao adulto em situação de parada cardiorrespiratória. Cienc. Enferm. 2008; 14(2):97-105.

Filho CMC, Santos ES, Silva RCG, Nogueira LS. Fatores que comprometem a qualidade de ressuscitação cardiopulmonar em unidade de internação: percepção do enfermeiro. Rev. esc. enferm. USP. 2015; 49(6):908-14.

Dantas RAN, Torres GV, Salvetti MG, Dantas DV, Mendonça AEO. Instrumento para avaliação da qualidade da assistência pré-hospitalar móvel de urgência: validação de conteúdo. Rev. esc. enferm. USP. 2015; 49(3):381-7.

Sa CMS, Souza NVDO, Lisboa MTL, Tavares KFA. Organização do trabalho e seus reflexos na atuação dos trabalhadores de enfermagem em ressuscitação cardiopulmonar. Rev. enferm. UERJ. 2012; 20(1):50-5.

Rocha FAZ, Oliveira MCL, Cavalcante RB, Silva PC, Rates HF. Atuação da equipe de enfermagem frente à parada cardiorrespiratória intrahospitalar. Rev. enferm. Cent-Oeste Min. 2012; 2(1):141-50.

Correa AR, Carvalho DV, Morais DA. Características dos atendimentos a vítimas de parada cardiorrespiratória extra-hospitalar. Rev. enferm. UFPE on line. 2013; 7(11):6382-90.

Magalhães ASC, Boto P, Lavinha P. Indicadores de qualidade na emergência médica pré-hospitalar. Painel Operacional para o INEM, I.P. Curso de Especialização em Administração Hospitalar. 2012.

Silva MRC. Elaboração de guia teórico de atendimento em parada cardiorrespiratória para enfermeiros. Rev. RENE. 2013; 14(4):1014-21.

Cardoso LF. Protocolo institucional: atendimento a parada cardiorrespiratória (PCR). Versão atualizada em 8 de agosto de 2011. São Paulo: Hospital Sirio Libanes; 2011. Disponível em: http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sociedade-beneficentesenhoras/ Documents/protocolos-institucionais/protocolo-pcr.pdf

Alves CA, Barbosa CSS, Faria HTG. Cadiorespiratory arrest and nursing: the knowledge on basic life support. Cogitare enferm. 2013; 18(2):296-301.

Luciano PM, Matsuno AK, Moreira RSL, Schmidt A, Pazin Filho A. Suporte básico de vida. Rev. soc. cardiol. Estado de São Paulo. 2010; 20(2):230-8.

American Heart Association. Destaque das diretrizes da American Heart Association 2015 para RCO e ACE [versão em português]. Outubro de 2015. Disponível em: http://www.heart.org/idc/groupps/heartpublic/@ecc/documents/downloadable/ucm31733.pdf

Sjoberg F, Schonning E, Sallzmann-Erikson M. Nurses experiences of performing cardiopulmonar resscitation in intensivce carea units: a qualitative study. J. Clin. Nurs.2015; 24(17-18):2522-8.

Publicado

2020-02-14

Cómo citar

1.
Lima P de O, Corrêa Rangel S, Fernandes de Almeida H, Lima Miranda F, Aparecida Siqueira C, Neves Vieira Costa L, Pimenta Pinheiro ML, Sereno Velloso da Silva G. Fatores determinantes no atendimento a vítima de parada cardiorrespiratória pelos serviços pré-hospitalar. HU Rev [Internet]. 14 de febrero de 2020 [citado 22 de noviembre de 2024];45(4):471-7. Disponible en: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/27273

Número

Sección

Artigos de Revisão da Literatura

Artículos más leídos del mismo autor/a