Relato de experiência: Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral

Autores

  • Gabriel Duque Pannain https://orcid.org/0000-0002-5164-3554
  • Camilla Costa Ribeiro
  • Marcelo Brandão Jacob
  • Leopoldo Antônio Pires
  • Ana Laura Maciel Almeida

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2019.v45.25663

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Neurologia, Saúde Pública

Resumo

Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo. Além da alta mortalidade, o AVC é um importante causador de déficits neurológicos irreversíveis que necessitam de reabilitação, sendo que aproximadamente 70% dos pacientes não retomarão ao seu trabalho e 30% necessitarão de auxílio para caminhar. Entender o perfil epidemiológico e a contribuição de cada fator de risco é essencial para estabelecer políticas locais específicas para diminuir a incidência da doença e prevalência de complicações que ocorrem devido ao AVC, tanto para o bem-estar a curto e a longo prazo da população. A prevenção pode ser feita em até 90% dos casos de AVC, visto que estes podem ser atribuídos a fatores de risco modificáveis. Objetivo: Conscientizar e orientar a população da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais acerca dos fatores de risco modificáveis do AVC e, consequentemente, sobre sua prevenção. Relato de experiência: No mês de outubro de 2018 foram realizadas palestras educativas e orientações a respeito do AVC e seus fatores de risco. Além disso, os pacientes do serviço de Neurologia, seus acompanhantes e transeuntes locais tiveram dois dos fatores de risco modificáveis associados ao AVC avaliados: a pressão arterial sistêmica e a circunferência abdominal. Aqueles com alterações foram orientados e encaminhados a procurar um serviço específico. Conclusão: A educação da população sobre as formas de prevenção de doenças cardiovasculares, em especial o acidente vascular cerebral, que é uma doença conhecida por apresentar tantos fatores causais modificáveis, é essencial para evitar o aumento da incidência dessas patologias tão prevalentes no país.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Chen R, Obviagele B, Feng W. Diabetes and stroke: epidemiology, pathophysiology, pharmaceuticals and outcomes. Am J Med Sci. 2016; 351(4):380-386.

Guzik A, Bushnell C. Stroke epidemiology and risk factor management. CONTINUUM: Lifelong Learning Neurol. 2017; 23(1):15-39.

Goulart AC. Epidemiologia do Acidente Vascular Cerebral no Brasil: experiência do Estudo de Mortalidade e Morbidade do AVC. 2017.

Benjamim EJ, Muntner P, Alonso A, Bittencourt MS, Callaway CW, Carsol AP, et al. Heart Disease and Stroke Statistics—2019 Update: A Report From the American Heart Association. 2019; 139(10):281-327.

Feigin VL, Roth GA, Naghavi M, Parmar P, Krishnamurthi R, Chugh S, et al. Global burden of stroke and risk factors in 188 countries, during 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet Neurol. 2016; 15(9):913-924

De Carvalho PC, Dos Santos LAD, Silva SM, Cavalli SS, Corrêa JCF. Avaliação da qualidade de vida antes e após terapia com dança sênior em pacientes hemiparéticos pós-AVE. ConScientia e Saúde. 2012;11:573-9.

Franchignoni F, Salaffi F. Quality of life assessment in rehabilitation medicine. Eur Med Phys. 2003; 39:191-8.

Fontes N. A doença vascular cerebral estabelecida - recuperação motora. Geriatria. 1998; 11(104):5-10.

Han B, Haley WE. Family Caregiving for Patients With Stroke - Review ad Analyses. Stroke. 1999; 30:1478-85.

O'Donnell MJ. Global and regional effects of potentially modifiable risk factors associated with acute stroke in 32 countries (INTERSTROKE): a case-control study. The Lancet. 2016;388(10046):761-75.

Bridgwood B, Lager KE, Mistri AK, Khunti K, Wilson AD, Modi P. Interventions for improving modifiable risk factor control in the secondary prevention of stroke. Cochrane Database Syst Rev. 2018; 5. Art. No.: CD009103. DOI: 10.1002/14651858.CD009103.pub3.

Arboix A. Cardiovascular risk factors for acute stroke: Risk profiles in the different subtypes of ischemic stroke. World J Clin Cases. 2015; 3(5):418-8.

Hussain MA, Al Mamun A, Peters SA, Woodward M, Huxley RR. The burden of cardiovascular disease attributable to major modifiable risk factors in Indonesia. J Epidemiol. 2016;26(10):515-21.

Truthmann J, Busch MA, Scheidt-Nave C, Mensink GBM, Gößwald A, Endres M, et al. Modifiable cardiovascular risk factors in adults aged 40–79 years in Germany with and without prior coronary heart disease or stroke. BMC public health. 2015; 15(1):701-1.

Sandhu RK, Dolovich L, Deif B, Barake W, Agarwal G, Grinvalds A et al. High prevalence of modifiable stroke risk factors identified in a pharmacy-based screening programme. Open Heart. 2016; 3(2): e000515.

Lakka HM, Laaksonen DE, Lakka TA, Niskanem LK, Kumpusalo E, Tuomilehto J et al. The metabolic syndrome and total and cardiovascular disease mortality in middle-aged men. JAMA. 2002; 288(21):2709-16.

Ford ES, Giles WH. A comparison of the prevalence of the metabolic syndrome using two proposed definitions. Diab Care. 2003; 26(3):575-81.

Haffner S, Taegtmeyer H. Epidemic obesity and the metabolic syndrome. Circulation. 2003; 108(13):1541-45.

Gang H, Qiao Q, Tuomilehto J, Balkau B, Borch-Johnsen K, Pyorala K for the DECODE Study Group. Prevalence of the metabolic syndrome and its relation to allcause and cardiovascular mortality in nondiabetic European men in women. Arch Intern Med. 2004; 164(10):1066-76.

Girman CJ, Rhodes T, Mercuri M, Pyörälä K, Kjekshus J, Pedersen TR et al. for the 4S Group and the AFCAPS/TexCAPS Research Group. The metabolic syndrome and risk of major coronary events in the Scandinavian Simvastatin Survival Study (4S) and the Air Force/Texas Coronary Atherosclerosis Prevention Study (AFCAPS/ TexCAPS). Am J Cardiol. 2004; 93(2):136-41.

Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults. Executive summary of the Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation and Treatment of High Cholesterol. JAMA. 2001; 285(19):2486-97.

International Diabetes Federation. IDF Atlas. 7th ed. Brussels, Belgium: International Diabetes Federation; 2015.

Sanz J, Moreno PR, Fuster V. The year in atherothrombosis. J Am Coll Cardiol. 2013; 62(13):1131-43.

National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Children and Adolescents. The fourth report on the diagnosis, evaluation and treatment of high blood pressure in children and adolescents. Pediatrics. 2004; 114(2 Suppl 4th Report):555-76.

Scala LC, Magalhães LB, Machado A. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica. In: Moreira SM, Paola AV; Sociedade Brasileira de Cardiologia. Livro Texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 2ª. ed. São Pauilo: Manole; 2015. p. 780-5.

Abegunde DO, Mathers CD, Adam T, Ortegon M, Strong K. The burden and costs of chronic diseases in low-income and middle-income countries. Lancet. 2007; 370(9603):1929-38.

Vigitel Brasil 2014. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. [Internet]. [Citado em 2016 Maio 10]. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/ pdf/2015/abril/15/PPT-Vigitel-2014-.pdf.

Gregg EW, Sattar N, Ali MK. The changing face of diabetes complications. Lancet Diabetes Endocrinol. 2016; 4(6):537-47.

Downloads

Publicado

2019-08-01

Como Citar

1.
Pannain GD, Ribeiro CC, Jacob MB, Pires LA, Almeida ALM. Relato de experiência: Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral. HU Rev [Internet]. 1º de agosto de 2019 [citado 28º de março de 2024];45(1):104-8. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/25663

Edição

Seção

Relato de Experiência

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)