Análise da qualidade de prescrições de antimicrobianos comercializados em uma drogaria da Região Norte do Rio Grande do Sul

Autores

  • Helissara Silveira Diefenthaeler Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim
  • Matheus Henrique Velentini Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim
  • Ana Carolina da Silva Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim
  • Ana Cristina Roginski Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim
  • Luiz Carlos Cichota Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim
  • Neiva Aparecida Grazziotin Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim

DOI:

https://doi.org/10.34019/1982-8047.2017.v43.2596

Palavras-chave:

Ciências da Saúde

Resumo

A resistência bacteriana tem sido descrita como preocupação mundial e está relacionada a diversos fatores como: uso abusivo de antimicrobianos, automedicação, falta de conhecimento e/ou descumprimento por parte dos profissionais envolvidos no tratamento. Frente a isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 20/2011 com a finalidade de facilitar a dispensação e controlar o consumo de antimicrobianos. O presente estudo tem a finalidade de analisar prescrições de antimicrobianos orais do ano de 2014 em uma drogaria no município de Erechim-RS, avaliando a sazonalidade climática, a prescrição pela Denominação Comum Brasileira (DCB) e a adequação das prescrições frente a RDC 20/2011. O total de prescrições analisadas foi de 2761. O antimicrobiano mais prescrito foi a Amoxacilina sendo prescrita 1069 vezes, destas 630 estavam em associação com Ácido Clavulânico. Apenas 36,28% das prescrições (1002) estavam com os antimicrobianos descritos pela DCB. Do total de prescrições, 97,57% das mesmas não estavam de acordo com a RDC 20/2011, apresentando a falta de vários itens como idade, sexo, DCB, nome completo do paciente, entre outros. É necessário elaborar mais estudos, campanhas de conscientização tanto para pacientes como para profissionais envolvidos no tratamento, e ter um maior controle tanto na prescrição como na dispensação destes medicamentos.

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Biografia do Autor

Helissara Silveira Diefenthaeler, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim

Farmacêutica formada pelo UFRGS,

Mestre em Ciências Farmacêuticas pela UFRGS

Professora da Área da Saúde da URI-Erechim

Matheus Henrique Velentini, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim

Farmacêutico Formado pelo URI-Erechim

Ana Carolina da Silva, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim

Acadêmica Curso de Farmácia URI_ Erechim

Ana Cristina Roginski, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim

Acadêmica Curso de Farmácia URI_ Erechim

Luiz Carlos Cichota, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim

Farmacêutico formado UFSM

Mestre em Ciências Farmacêuticas pela UFSM

Professor da Área da Saúde da URI-Erechim

Neiva Aparecida Grazziotin, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI Erechim

Farmacêutica formanda pela UFSM

Mestra em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil

Professora da Área da Saúde da URI-Erechim

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Publicado

2017-08-22

Como Citar

1.
Diefenthaeler HS, Velentini MH, da Silva AC, Roginski AC, Cichota LC, Grazziotin NA. Análise da qualidade de prescrições de antimicrobianos comercializados em uma drogaria da Região Norte do Rio Grande do Sul. HU Rev [Internet]. 22º de agosto de 2017 [citado 2º de novembro de 2024];43(1). Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2596

Edição

Seção

Artigos Originais