Prevalência de Dor Miofascial em Pacientes com Desordem Temporomandibular

Autores

  • Larissa de Oliveira Reis Universidade Federal de Juiz de Fora

Palavras-chave:

Ciências da saúde

Resumo

A dor miofascial (DMF) orofacial é considerada um tipo de Desordem Temporomandibular (DTM) muscular, tendo sua origem em pontos localizados na musculatura, conhecidos como pontos gatilho (PG). Mensurar a prevalência de DMF dentre os pacientes diagnosticados com DTM atendidos na Faculdade de Odontologia na Universidade Federal de Juiz de Fora no período de março a setembro de 2014. Além disso, o estudo pretende analisar o período de tempo no qual o paciente sente dor, classificando-a em aguda ou crônica. A amostra foi composta por 60 pacientes diagnosticados com algum tipo de DTM através da utilização do eixo I do RDC/TMD. Os dados obtidos foram tabulados em planilhas no Excel versão 2010 e submetidos aos cálculos estatísticos a fim de se obter as prevalências de cada grupo. Esta foi calculada dividindo o número de ocorrência de um diagnóstico sobre a amostra total. A prevalência de pacientes com dor miofascial foi de 93,33%. A maioria dos diagnósticos de dor miofascial era associada a algum diagnóstico articular (73,33%). A dor crônica acometeu 85% dos pacientes. O diagnóstico de dor miofascial, tanto com limitação de abertura como sem limitação, teve alta prevalência na amostra estudada, sendo que a maioria era associada a algum diagnóstico articular. Avaliação criteriosa, história detalhada e um bom exame físico são fundamentais para o diagnóstico correto pelo cirurgião-dentista, a fim de que se possam evitar impactos negativos da dor no cotidiano do paciente, assim como sua cronificação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Larissa de Oliveira Reis, Universidade Federal de Juiz de Fora

Larissa de Oliveira Reis *

Jeane Fernandes Furtado *

Jean Soares Miranda **

Isabela Maddalena Dias ***

Fabíola Pêssoa Pereira Leite ****

 

(*) Graduanda da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais.

(**) Cirurgião- Dentista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais. Mestrando em Clínica Odontológica pela Faculdade de Odontologia da UFJF.

(***) Cirurgiã- Dentista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais. Mestre em Clínica Odontológica pela Faculdade de Odontologia da UFJF. Especialista em Desordem Temporomandibular e Dor Orofacial (DTM/DOF) pela Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/FASE). Doutoranda em Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais.

 (****) Professora adjunta da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Minas Gerais. Mestrado e Doutorado em Prótese Parcial Fixa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Especialização em Prótese pela Unesp.

Referências

ALMEIDA, R. A. C. et al. Índices de Helkimo e craniomandibular para diagnós­ticos de desordens têmporo-madibulares – revisão da literatura. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, v. 5, n. 2, p. 9-16, 2005.

ANTONIA, M. D. et al. Jaw muscles myofascial pain and botulinum toxin. Revista Dor, v. 14, n. 1, p. 52-7, 2013.

BARROS, V. M. The impact of orofacial pain on the quality of life of patients with temporomandibular disorder. Journal of Orofacial Pain, v. 23, n. 1, p.28-37, 2009.

BIASOTTO-GONZALEZ, D. A. et al. Correlação entre disfunção temporomandibular, postura e qualidade de vida. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, v. 18, n. 1, p. 79-86, 2008.

CELIK, D.; MUTLU, E. K. Clinical implication of latent myofascial trigger point. Current Pain and Headache Reports, v. 17, n. 353, p. 1-7, 2013.

CHEN, C. K.; NIZAR, A. J. Myofascial pain syndrome in chronic back pain patients. Korean Journal of Pain, v. 24, n. 2, p. 100-104, jun. 2011.

CORREIA, L. M. F. et al. A importância da avaliação da presença de disfunção temporomandibular em pacientes com dor crônica. Revista Dor, v. 15, n. 1, p. 6-8, Jan/Mar. 2014.

COSTA, A. L. et al. Temporomandibular disorders in patients with craniocervical dystonia. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 16, n. 6, p. 896-9, 2011.

DONNARUMMA, M. D. C. et al. Disfunções temporomandibulares: sinais, sintomas e abordagem multidisciplinar. Revista CEFAC, v. 12, n. 5, p. 788-94, 2010.

DWORKIN, S. F.; LERESCHE, L. Research diagnostic criteria for temporomandibular disorders: review, criteria, examinations and specifications critique. Journal Craniomandibular Disorder Facial Oral Pain, v. 6, n. 4, p. 300-355, 1992.

FERNÁNDEZ-CARNEIRO, J. et al. Short-term effects of dry needling of active myofascial trigger points in the masseter muscle in patients with temporomandibular disorders. Journal of Orofacial Pain, v. 24, n. 1, p. 106-12, 2010.

FIGUEIREDO, V. M. G. et al. Prevalência de sinais, sintomas e fatores associados em portadores de disfunção temporomandibular. Acta Scientiarum Health Sciences, v. 31, n. 2, p. 159-63, 2009.

FREITAS, D. G. et al. Os efeitos da desativação dos pontos-gatilho miofasciais, da mobilização articular e do exercício de estabilização cervical em uma paciente com disfunção temporomandibular: um estudo de caso. Revista Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 1, p. 33-8, 2011.

GONZALEZ-PEREZ, L. M. et al. Deep dry needling of trigger points located in the lateral pterygoid muscle: Efficacy and safety of treatment for management of myofascial pain and temporomandibular dysfunction. Medicina Oral Patologia Oral y Cirugia Bucal, v. 20, n. 3, p. 326-333, 2015.

LIMA, C. O. et al. Evaluation of the life quality in patients with Temporomandibular Disorders. Brazilian Dental Science, v. 18, n. 3, p. 77-83, 2015.

MACEDO, L. C. S. et al. Frequency of temporomandibular arthralgia among myofascial pain patients with pain on palpation of ipsilateral masseter. CRANIO: The Journal of Craniomandibular & Sleep Practice. n. 33, v. 3, p. 206-10, 2014.

MANFREDINI, D.; CHIAPPE, G. E; BOSCO, M. Research diagnostic criteria for temporomandibular disorders (RDC/TMD) axis I diagnoses in an Italian patient population. Journal of Oral Rehabilitation, v. 33, p. 551-558, 2006.

MONTEIRO, D. R. et al. Relationship between anxiety and chronic orofacial pain of temporomandibular disorder in a group of university students. Journal of Prosthodontic Research, v. 55, p. 154-158, 2011.

OKESON, P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão . 7 ed. São Paulo: Artes Médicas; 2013.

OLIVEIRA, A. S. et al. Impacto da dor na vida de portadores de Disfunção Temporomandibular. Journal of Applied Oral Science, v. 11, n. 2, p. 138-43, 2003.

PEREIRA, K. N. F. et al. Sinais e sintomas de pacientes com disfunção temporomandibular. Revista CEFAC, v. 7, n. 2, p. 221-8, 2005.

REIS, L. O. et al. Frequency of temporomandibular disorder diagnosis: a study on 102 patients undergoing dental treatment. Revista Sul-Brasileira de Odontologia, v. 12, n. 2, p. 172-8, 2015.

SCHMITTER, M. et al. Chronic stress in myofascial pain patients. Clinical Oral Investigations, v. 14, p. 593–597, 2010.

SELAIMEN, C. et al. Avaliação da depressão e de testes neuropsicológicos em pacientes com desordens temporomandibulares. Ciência & Saúde Coletiva, v. 12, n. 6, p. 1629-39, 2007.

SHAH, J.; HEIMUR, J. New fronteirs in the Pathophysiology of Myofascial Pain. The pain practioner, v. 22, n.2, p. 26-34, 2012.

SIMONS, D.G. Review of enigmatic MTrPs as a common cause of enigmatic musculoskeletal pain and dysfunction. Journal of Electromyography and Kinesiology, v. 14, p. 95-107, 2004.

SIQUEIRA, J. T. S.; TEIXEIRA, M. J. Dores orofaciais: diagnóstico e tratamento. 1ª ed. São Paulo: Artes Médicas; 2012.

VULFSONS, S.; RATMANSKY, M.; KALICHMAN, L. Trigger point needling: techniques and outcome. Current Pain and Headache Reports, v. 16, n. 5, p. 407-12, 2012.

Downloads

Publicado

2016-11-22

Como Citar

1.
Reis L de O. Prevalência de Dor Miofascial em Pacientes com Desordem Temporomandibular. HU Rev [Internet]. 22º de novembro de 2016 [citado 29º de março de 2024];42(3). Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2578

Edição

Seção

Artigos Originais