Comparação de diferentes planejamentos em cirurgia ortognática para tratamento de assimetrias faciais: relato de casos
DOI:
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2018.v44.13944Palavras-chave:
Assimetria facial, Cirurgia ortognática, Côndilo mandibularResumo
Introdução: a cirurgia ortognática envolve a correção de desarmonias funcionais e estéticas. A hiperplasia condilar (HC) resulta em crescimento mandibular acentuado, provocando assimetria facial. Para obter previsibilidade e sucesso nos resultados, é imprescindível planejar. Objetivo: descrever e comparar métodos de planejamento e resultados pós-operatórios por meio de relato de três pacientes com assimetria facial. Relato de caso: foram avaliados 03 casos (casos A, B e C) orto-cirúrgicos de pacientes adultos jovens, com média de idade de 22 anos, portadores de má oclusão esquelética de Classe III, com assimetria facial resultante de HC inativa. Esses foram submetidos a análise facial e a dois métodos de planejamento em cirurgia ortognática (convencional e virtual). O caso A foi planejado por meio de imagens bidimensionais (2D) e sequência cirúrgica iniciada pela maxila. O caso B foi planejado por imagens 2D associado ao recurso de simulação em protótipo. E o caso C, planejado exclusivamente em imagens tridimensionais (3D) e simulação virtual. Os casos B e C utilizaram sequência cirúrgica iniciada pela mandíbula. Foi utilizado o software Dolphin Imaging® em todos os planejamentos. Os planejamentos foram transferidos para os procedimentos cirúrgicos por auxílio dos guias em resina acrílica e estereolitografia. Os pacientes dos casos relatados foram avaliados periodicamente no pós-operatório e estavam satisfeitos com os resultados. Conclusão: os planejamentos demonstraram previsibilidade e viabilidade para assimetrias faciais, pois os resultados foram satisfatórios. Houve uma tendência de melhores resultados quando a prototipagem, imagens 3D e sequência operatória iniciada pela mandíbula foram utilizadas no planejamento.
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