ELISÉE RECLUS: GEOGRAFIA DO SER ANARQUISTA NA EXPRESSÃO DA RELAÇÃO ENTRE HABITAR E PAISAGEM

Autores

  • Priscila Marchiori Dal Gallo Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.34019/2236-837X.2024.v14.43841

Resumo

Em sua geografia Elisée Reclus sublinha a necessidade de trazer à discussão geográfica concepções como liberdade, equidade, espontaneidade e beleza procurando uma compreensão das relações humanas e da relação entre homem e natureza em que o anarquismo é situado não apenas em suas bases sociais onde enseja uma leitura singular sobre o posicionamento dos sujeitos humanos como organização, mas como uma postura de compreensão da geografia onde se destaca o olhar à existência humana em suas conexões mais complexas e profundas. O geógrafo em seu esforço histórico e geográfico contemplado pela expressão das diversas formas de habitar a terra, demostradas por ricas culturas, afirma a geografia como o ato de todo ser, este de maneira dinâmica e criativa é o encontro de várias contingências e, diante delas, habitar é um deslocamento de si mesmo que se expressa em paisagens mais ou menos afins com um sentido harmônico e holístico do existir. Assim, onde as sociedades encontram pacificação de seus conflitos nos termos da justiça e da democracia real as acepções estéticas da paisagem demonstram uma elevação do espírito humano aos acordos tácitos da natureza e a relação homem-natureza alcança um grau ontológico de harmonização.

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Publicado

2024-07-11