COMPARAÇÃO DA TEMPERATURA DO AR NOTURNA ENTRE CENTRO E BAIRRO

uma contribuição aos estudos sobre clima urbano em Juiz de Fora - MG

Autores

  • Pamela Martins Carvalho Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Fabio Sanches Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Yan Carlos Gomes Vianna Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Thiago Alves Oliveira Universidade de São Paulo
  • Cássia de Castro Martins Ferreira Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.34019/2236-837X.2022.v12.39498

Resumo

Pesquisas demonstram que as transformações espaciais no ambiente urbano modificam, de alguma forma, as condições climáticas locais, aumentando a temperatura do ar devido ao acúmulo de energia pelos materiais construtivos. O objetivo do estudo consiste em comparar as condições da temperatura do ar no período noturno em dois recortes espaciais da cidade de Juiz de Fora (MG). Os termômetros automáticos (Hobo – modelo UA-001-64) foram instalados em dois pontos da cidade: (a) no entorno do Colégio Stella Matutina (área central da cidade); (b) no bairro Previdenciários (área periférica da cidade). Foram analisados dados de temperatura do ar das 18h, 21h, 0h e 3h durante os meses de dezembro de 2018 a novembro de 2019, sendo os mesmos submetidos a teste de homogeneidade (Teste t de Student). O Modelo de Potencial Térmico também foi aplicado no entorno dos pontos de coleta de dados para avaliar se os padrões de uso e ocupação do espaço influenciariam no comportamento dos dados. Os resultados da estatística de Student mostraram que em todos os meses analisados, as temperaturas da área central da cidade foram significativamente superiores as da área periférica da cidade. Tal condição foi reforçada pelos resultados do Modelo de Potencial Térmico, o qual classificou a área central da cidade com um potencial de aquecimento 64% superior a área periférica da cidade. Os resultados observados corroboram com os estudos sobre o campo térmico para a cidade de Juiz de Fora, reforçando a diferenças na temperatura do ar noturna entre as áreas central e periférica da cidade. A pesquisa também reforça a ideia de que o ambiente construído (constituído por casas, prédios, ruas asfaltadas) e as reduzidas áreas com cobertura vegetal (praças, canteiros, árvores, jardins etc.), impactam diretamente na temperatura do ar no ambiente urbano promovendo diferenças.

Palavras-chave: Ilha de calor; campo térmico; testes estatísticos; modelagem; Zona da Mata Mineira.

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Publicado

2022-12-21