ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA EVOLUÇÃO DO IBI E NDVI NA ZONA OESTE DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO/RJ ENTRE 2001 E 2020
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-837X.2022.v12.39203Resumo
A Zona Oeste (ZO) da cidade do Rio de Janeiro compõe um cenário heterogêneo, contendo áreas urbanizadas, vegetadas e de transição entre o uso urbano e o de vegetação. O sensoriamento remoto fornece dados que viabilizam o cálculo de índices temáticos, que são aplicados como ferramentas de mensuração e análise dessas contrastantes realidades. Este trabalho tem como objetivo analisar a variação espacial dos índices temáticos Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e do Índice de Área Construída (IBI) na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 2021 e 2020 com base nas imagens de satélite Landsat 5, 7 e 8. Por meio de código em linguagem computacional C foram corrigidas as imagens, calculados os índices e gerados quatro mapas para cada um dos índices a cada cinco anos a partir da Composição de Máximo Valor (CMV). O IBI descreve as áreas com maior densidade urbana, enquanto o NDVI destaca áreas vegetadas. Como resultado das análises nas Regiões Administrativas (RAs), há uma nítida expansão urbana nas regiões da Barra da Tijuca e Jacarepaguá com a presença de novos empreendimentos. As RAs Bangu e Realengo mantiveram seus padrões altamente urbanos nas áreas centrais, concentrando os espaços de vegetação nos limites administrativos com as cidades adjacentes e nos maciços costeiros como Pedra Branca e Mendanha. A RA de Campo Grande, Santa Cruz e Guaratiba apresentaram alterações pontuais destacadas por manchas nos mapas de IBI e NDVI como aumento da área urbana, sendo principalmente devido à implantação de áreas industriais. A RA Cidade de Deus mostrou altos valores de IBI e baixo NDVI, indicando um padrão mais urbano em toda sua extensão. Conclui-se que o estudo dos índices IBI e NDVI se complementam nas análises e destacam de forma oposta os fenômenos de evolução urbana nas áreas observadas. As análises podem ser aplicadas para estudos ambientais, direcionamento de recursos, manutenção de áreas de conservação/preservação contribuindo para políticas públicas.