CRISE E A CRISE NO/DO ESPAÇO PÚBLICO
DOI:
https://doi.org/10.34019/2236-837X.2018.v8.18109Resumo
O modelo histórico de urbanismo, implantado na consolidação do centro urbano, engloba não só parques e praças no desenho urbano, mas também ruas de destaque para o comércio, principais instituições, colégios, teatros e cinema. Recentemente, um novo modelo de urbanismo, calcado nos condomínios fechados, shoppings centers e no crescimento espacial disperso, gerou novas centralidades, dispersando os espaços para o uso e convívio da classe média e tornando decadentes os tradicionais espaços públicos do antigo centro da cidade. Juiz de Fora, centro regional da Zona da Mata mineira, constitui o estudo de caso para compreender a complexidade existente entre a pretensa decadência do uso do espaço público como consumo, lazer e diversão e a crescente participação no espaço público como lugar das manifestações políticas. Assim, busca-se aventar a maneira pela qual os últimos acontecimentos políticos no país trouxeram as manifestações e ocupações de espaços reivindicativos para os espaços públicos das cidades.