O sistema de transitividade e a resistência feminista ao discurso de ódio à mulher
DOI:
https://doi.org/10.34019/1808-9461.2023.v25.40167Palavras-chave:
FEMINISMO, DISCURSO DE ÓDIO, RESISTÊNCIAResumo
O presente artigo é um recorte de dissertação sobre estratégias linguístico-discursivas adotadas pelas feministas no combate aos discursos de ódios antifeministas. Buscando aprofundar a proposta teórica do Sistema de Transitividade (HALLIDAY, 1994) e alinhá-la com a Análise de Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2001), esse artigo busca analisar como as feministas articulam os recursos léxico-gramaticais de seus discursos para descontruir e combater os discursos antifeministas de ódio às mulheres. A metodologia usada é de caráter qualitativo por meio da qual geramos um corpus de resistência feminista, extraído da fanpage Empodere duas mulheres, constituído por três comentários feministas de 2018 que contra-argumentam com discursos historicamente compartilhados em sociedades patriarcalistas e inflamados pelo antifeminismo. A análise dos dados nos permitiu chegar a processos relacionais, verbais, materiais e mentais, circunstâncias de tempo e modo e participantes que se beneficiam e atuam no Feminismo. A identificação e interpretação semântica dessas entidades no contexto em que foram inseridas mostram que há uma resistência feminista às práticas do ódio nos discursos reducionistas, conservadores e machistas do antifeminismo. Assim, a conclusão é a de que o Feminismo é experienciado e representado socialmente nos discursos feministas como um movimento empático e inclusivo que luta pela liberdade e equidade entre os gêneros, o empoderamento feminino e denuncia práticas machistas e de opressão social.