Relações étnico-raciais e produções de estereótipos e subjetividades racistas

pensando chaves interpretativas não eurocentradas

Autores

  • Beatriz Gomes UFRRJ
  • Heloisa Raimunda Herneck

DOI:

https://doi.org/10.34019/2359-4489.2024.v10.41878

Palavras-chave:

Racismo, Produções de subjetividades, Relações raciais

Resumo

Este artigo buscou analisar as relações raciais no Brasil na perspectiva das produções de subjetividades racistas, isto é, identificando como o racismo é introjetado em nosso cotidiano. O objetivo foi realizar uma análise sobre como o imaginário em relação à população negra reforça a prática do racismo os impactos sociais dessas construções. Nossa base metodológica foi a pesquisa bibliográfica, nos apoiando em autorias que dialogam sobre as relações étnico-raciais e racismo, hierarquias raciais, produções de subjetividades racistas e reprodução de estereótipos. Ao mesmo tempo, abordamos as possibilidades de mobilização de pessoas negras no combate ao racismo, oferecendo como exemplo uma das entidades do Movimento Negro brasileiro, o Teatro Experimental do Negro (TEN).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. Belo Horizonte: Letramento, 2018.

ARAÚJO, Joel Zito. A força de um desejo – a persistência da branquitude como padrão estético audiovisual. Revista USP, São Paulo, n.69, p. 72-79, março/maio 2006. Disponível em:< http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/13514/15332 >. Acesso em: 10 jun. 2019

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: CARONE, Iray; BENTO, Maria Aparecida Silva (orgs). Psicologia social do racismo – estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002a, p. 25-58. Disponível em: <http://www.media.ceert.org.br/portal-3/pdf/publicacoes/branqueamento-e-branquitude-no-brasil.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2023.

BENTO, Maria Aparecida Silva. Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. Tese (doutorado) – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade. – São Paulo: s.n., 2002b.

BRASIL. Situação social da população negra por estado. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. – Brasília: IPEA, 2014.

CAMPOS, Luiz Augusto. Racismo em três dimensões: Uma abordagem realista-crítica. Revista brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 95, 329507, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v32n95/0102-6909-rbcsoc-3295072017.pdf >. Acesso em: 31 mai. 2023.

CARDOSO, Lourenço. Retrato do branco racista e anti-racista. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 18, n. 1, p. 46-76, jun. 2010a. Disponível em: <https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/1279>. Acesso em: 17 jun. 2023.

CARDOSO, Lourenço. Branquitude acrítica e crítica: a supremacia racial e o branco anti-racista. Rev.latinoam.cienc.soc.niñez juv 8(1): 607-630, 2010b. Disponível em: <http://biblioteca.clacso.edu.ar/Colombia/alianza-cinde-umz/20131216065611/art.LourencoCardoso.pdf >. Acesso em: 06 jun. 2023.

CARDOSO, Lourenço. O branco-objeto: o movimento negro situando a branquitude. Instrumento: R. Est. Pesq. Educ. Juiz de Fora, v. 13, n. 1, jan./jun. 2011. Disponível em: <https://periodicos.ufjf.br/index.php/revistainstrumento/article/view/18706/9824>. Acesso em: 06 jun. 2023.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão: uma breve discussão. In: SANTOS, Sales Augusto dos (Org.). Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03. 1. ed. Brasília: MEC/SECAD, 2005. v. 1. p.39 – 62.

GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

GUATTARI, Félix. ROLNIK, Suely. Micropolítica: Cartografias do desejo. – 12. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MAIA, Kenia Soares. ZAMORA, Maria Helena Navas. O Brasil e a Lógica Racial: do branqueamento à produção de subjetividade do racismo. Psic. Clin., Rio de Jan2iro, vol. 30, n.2, p. 265 – 286, 2018. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pc/v30n2/05.pdf >. Acesso em: 28 mai. 2023.

MARTINS, Leda Maria. A cena em sombra. São Paulo: Editora Perspectiva, 1995.

MORAES, Fabiana. No país do racismo institucional: dez anos de ações do GT Racismo no MPPE. Coordenação Assessoria Ministerial de Comunicação Social do MPPE, Grupo de Trabalho sobre Discriminação Racial do MPPE - GT Racismo. – Recife: Procuradoria Geral de Justiça, 2013.

NASCIMENTO, Abdias do. Teatro experimental do negro: trajetória e reflexões. Estudos avançados [online]. 2004, pp. 209-224. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v18n50/a19v1850.pdf>. Acesso em: 15 de abr. 2019

OBRAS Cristo Negro. IPEAFRO. Acervo digital. Disponível em: http://ipeafro.org.br/acervo-digital/imagens/museu-de-arte-negra/obras-cristo-negro/. Acesso em: 27 jun. 2019.

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. – Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983. Coleção Tendências, v.4.

TELLES, Edward. O significado da raça na sociedade brasileira. Tradução: Ana Arruda Callado. Princeton e Oxford: Princeton University Press. 2004.

WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2016: Homicídios por armas de fogo no Brasil. Rio de Janeiro, FLACSO/CEBELA, 2016. Disponível em: https://flacso.org.br/2016/08/25/mapa-da-violencia-2016-homicidios-por-armas-de-fogo-no-brasil/ . Acesso em: 01 ago. 2023.

WEDDERBURN, Carlos Moore. O racismo através da história: da antiguidade à modernidade. Copyright 2007.

Downloads

Publicado

2024-07-31

Como Citar

(1)
Gomes, B.; Raimunda Herneck, H. Relações étnico-Raciais E produções De estereótipos E Subjetividades Racistas: Pensando Chaves Interpretativas não Eurocentradas. FDC 2024, 10, 65-80.