Entre a cruz e a esquadra
Os capelães da Armada Imperial Brasileira na Guerra da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai
DOI:
https://doi.org/10.34019/2359-4489.2021.v7.34405Palavras-chave:
Capelães, Marinha do Brasil, Guerra da Tríplice AliançaResumo
Durante a Guerra da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai milhares de homens tomaram parte das batalhas e campanhas deste sangrento e longo conflito. Porém, além dos combatentes, uma série de outros sujeitos exerceram funções no teatro de operações, como: médicos, enfermeiros, comerciantes, esposas, mães e companheiras dos beligerantes, prostitutas, práticos, etc. Além destes, um grupo de homens contratados pela Marinha Imperial Brasileira como capelães desempenhou funções eclesiásticas a bordo dos navios e estabelecimentos de terra. O objetivo desse artigo é discorrer a respeito da atuação desse pequeno grupo de capelães a serviço da Marinha Imperial na Guerra da Tríplice Aliança, discutindo de que modo tal serviço religioso era percebido pelas autoridades navais brasileiras. Tal trabalho busca não perder de vista o contexto cultural onde a religião era de fundamental relevância na percepção dos acontecimentos fazendo parte da visão de mundo e construção de realidades, ou seja, a presença de padres no campo de batalha poderia garantir ao mesmo tempo a salvação dos corpos e das almas, a vitória e a graça divina.
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