Criação de vestígios
O neomarajoara e arte nacional
DOI:
https://doi.org/10.34019/2359-4489.2020.v6.32335Palavras-chave:
Cultura Neomarajoara, Theodoro Braga, Maria HirschResumo
O artigo aborda a relação entre a criação de uma arte nacional e a própria formação da nação brasileira. Analisa a maneira com que os resquícios da cerâmica arqueológica Marajoara foram ressignificados nas artes e na arquitetura, na primeira metade do século XX e utilizados como fonte original da verdadeira arte brasileira, ao mesmo que investiga a atuação de artistas e intelectuais na disseminação dessa arte brasileira, como o casal Theodoro Braga e Maria Hirsch e as relações em seu entorno e de sua campanha neomarajoara, assim como aborta as participações nas produções nacionalistas de artistas como Eliseu Visconti, Manoel Pastana e Correia Dias.
Downloads
Referências
COELHO, Edilson da Silveira. A multiforme obra Artística e intelectual de Theodoro Braga. In: III ENCONTRO DE HISTÓRIA DA ARTE DA UNICAMP-IFCH/. Campinas: IFCH, 2007.
GODOY, P. B.. Carlos Hadler: Apóstolo de uma Arte nacionalista. Tese de doutorado. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas, Campinas, 2004.No
GODOY, P. B.. O desenho brasileiro e a afirmação de uma iconografia nacionalista no século XX. In: Locus (UFJF), v. 19, p. 167-187, 2013.
LINHARES, Anna Maria Alves. De caco a espetáculo: a produção cerâmica de Cachoeira do Arari (Ilha do Marajó, PA). 166 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém 2007.
LINHARES, Anna Maria Alves. Um grego agora nú: índios marajoara e identidade nacional brasileira. Curitiba: CRV, 2017.
MEIRA, Maria Angélica Almeida de. A Arte do fazer: o Artista Ruy Meira e as Artes plásticas no Pará dos anos 1940 a 1980. Rio de Janeiro: agosto de 2008. Dissertação de Mestrado. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil – CPDOC. Fundação Getúlio Vargas.
OLIVEIRA, Lucia Lippi. Questão Nacional na Primeira República. In. COSTA, Wilma Peres da; LORENZO, Helena Carvalho (Org). A década de 1920 e as origens do Brasil Moderno. (Org). São Paulo. Fundação da Editora da UNESP, 1997.
PEREIRA, João Carlos. Pastana: o reflexo da alma do artista. Disponível em http://www.frmaiorana.org.br/1997/p59.html.1997.
HOBSBAWM, E; RANGER. T. A invenção das tradições. São Paulo: Paz e Terra, 1985, 316 p.
ROITER, Márcio Alves. A Influência Marajoara no Art Déco Brasileiro. In. Revista UFG. Ano XII, n.8, Julho. 2010.
ROITER, Márcio Alves. Rio de Janeiro Art Déco. Rio de Janeiro: Ed. Casa da Palavra, 2011.
SCHAAN, Denise Pahl. Arqueologia, Público e comodificação da Herança cultural Marajoara. In. Revista Arqueologia Pública. São Paulo: n. 1, 2006.
SCHAAN, Denise Pahl. Cultura Marajoara. Rio de Janeiro: Editora SENAC, 2009.
SCHWARCZ, L. M. As Barbas do Imperador. D. Pedro II, um Monarca nos Trópicos. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das Raças. São Paulo: Cia das Letras, 1993.
THIESSE, Anne-Marie. Ficções criadoras: as identidades nacionais. In; Anos 90, Porto Alegre, UFRGS, n. 15, 2001/2002.
VALLE, Arthur. Nativismo e identidade visual brasileira nos artigos de Karl-August Herborth para O Jornal (1926-1927). In: Caiana - Revista de Historia del Arte y Cultura Visual del Centro Argentio de Investigadores de Arte. 55 (7), 2015, 55-68 p.
THIESSE, Anne-Marie. La création des identités nationales. Europe XVIIIe-XXesiècle. Paris, Editions du Seuil.
REGINO, Aline Nassaralla. Eduardo Kneese de Mello: Do eclético ao moderno. São Paulo: Tese de doutorado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2011.
VALLE, Arthur.Repertórios Ornamentais e identidades no Brasil da 1ª República. In. XIII ENCONTRO DE HISTÓRIA. IDENTIDADES. ANPUH-Rio. Rio de Janeiro: 2008.
VELLOSO, M. P.. História e modernismo. 1. ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2010. v. 01. 122p
VELLOSO, M. P.; LINS, V.; OLIVEIRA, C.. O Moderno em revistas. 1. ed. Rio de Janeiro: Garamond/Faperj, 2010. v. 1. 266p.