Não vamos nos calar!
O debate da violência política de gênero no Brasil (VPG): resistências e desafios no exercício do poder
Palavras-chave:
Mulheres, Política, Violência, GêneroResumo
Este artigo pretende produzir uma discussão crítica sobre a violência política de gênero no Brasil, contextualizando historicamente o tema e considerando a herança colonial e patriarcal como processos que sempre buscaram obstruir a participação das mulheres nos territórios de poder. Objetivamos fortalecer o debate acerca da VPG, seus desdobramentos, identificando os principais desafios e dinâmicas de resistência no contexto das instituições políticas. Metodologicamente, o estudo está subsidiado pela revisão de literatura com pesquisa bibliográfica e documental. Dentre os resultados apresentados, destacam-se: não há democracia sem mulheres na política; Para o entendimento da VPG existe a necessidade de reconhecimento dos entrelaçamentos de classe, raça, sexualidades, idade que perpassam a categoria mulheres; Ainda existe baixa representatividade feminina na política, sendo urgente o alargamento de ações que possibilitem o exercício do poder pelas mulheres; Múltiplas violências que crescentemente estão acometendo parlamentares das mais variadas esferas, requerendo um maior comprometimento do Estado, da Sociedade Civil, dos Movimentos Sociais e da Comunidade Acadêmica.
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