Justicia más allá del velo
Una crítica afrolatinoamericana a la Teoría de la Justicia de John Rawls a partir de Lélia Gonzalez
Palabras clave:
teoría de la justicia, feminismo decolonial, feminismo latinoamericanoResumen
Este artículo plantea una crítica a la Teoría de la Justicia de John Rawls a partir del pensamiento afrolatinoamericano de Lélia Gonzalez, con el objetivo de evidenciar los límites de una teoría liberal frente a las desigualdades estructurales presentes en la amefricanidad latina. La metodología parte del análisis comparativo de conceptos centrales de la obra Teoría de la Justicia y de los textos “Racismo y sexismo en la cultura brasileña” y “Por un feminismo afrolatinoamericano” de Gonzalez. La propuesta rawlsiana de imparcialidad —basada en abstracciones como la posición original y el velo de la ignorancia— se revela limitada al confrontarse con la realidad de sujetos históricamente oprimidos. Gonzalez señala cómo el racismo y el sexismo son estructuras constitutivas de las desigualdades. Su crítica evidencia cómo la justicia debe pensarse incluyendo la experiencia concreta de personas negras, indígenas y periféricas. El artículo destaca también la omisión de Rawls en relación con la esfera privada, y muestra, a partir de Gonzalez, cómo el ámbito doméstico es central en la reproducción de las desigualdades. Al movilizar conceptos como pretugués, amefricanidad y mujeres excepción, Gonzalez ofrece una perspectiva crítica y situada de la justicia, que desafía los presupuestos del liberalismo y plantea una reconstrucción del concepto de justicia desde los márgenes.
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