Entre Calles, Hashtags y Redes Sumergidas
Latencia y Visibilidad en el Activismo Feminista
Palabras clave:
feminismo digital, redes sumergidas, contrapúblicos subalternos, esfera pública, activismo feminista, latencia y visibilidadResumen
Lejos de limitarse a la lógica de la espectacularización superficial frecuentemente atribuida a las redes digitales, las movilizaciones feministas en Brasil entre 2013 y 2018 revelan una articulación compleja entre la esfera íntima y la acción colectiva. Este artículo parte de la teoría de los movimientos sociales y de la crítica feminista a la dicotomía entre lo público y lo privado (Miguel & Biroli,2014; Melucci, 1989) para analizar cómo la viralización de campañas feministas en las redes sociales resulta de la interdependencia entre latencia y visibilidad. A partir del concepto de “redes sumergidas”, se argumenta que el activismo digital feminista se sostiene en espacios de construcción simbólica y afectiva —como blogs, fanpages y, especialmente, grupos cerrados en Facebook— que operan como contrapúblicos subalternos (Fraser, 1990), desafiando la exclusión discursiva de las mujeres en la esfera pública hegemónica. En estos espacios, las experiencias personales son politizadas y transformadas en narrativas colectivas, produciendo repertorios de acción que se desbordan en campañas ampliamente visibilizadas, como #MeuPrimeiroAssédio, #MeuAmigoSecreto y #MeuMotoristaAbusador. Al explorar la articulación entre afectos, redes y lenguaje en las prácticas feministas en línea, esta investigación contribuye al debate sobre los límites y potencialidades de la esfera pública contemporánea desde la perspectiva de la teoría política feminista.
Descargas
Citas
ALVAREZ, Sonia E. Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista. In: Cadernos Pagu (43), janeiro-junho de 2014:13-56.
ANTOUN, Henrique; MALINI, Fábio. A internet e a rua: ciberativismo e mobilização nas redes. Porto Alegre: Sulina, 2013. 208 p. 2
BENNETT, W. Lance; SEGERBERG, Alexandra. The Logic of Connective Action. Information, Communication & Society, 15:5, p.739-768, 2012.
BRITO, Priscilla Caroline de Sousa. “Primavera das mulheres”: internet e dinâmicas de protesto nas manifestações feministas no Rio de Janeiro em 2015. 2017. 107 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
CESARINO, Letícia. O mundo do avesso: verdade e política na era digital. São Paulo: Ubu Editora, 2022. 300 p.
CLARK, Rosemary. “Hope in a hashtag”: the discursive activism of #WhyIStayed. Feminist Media Studies, v. 16, p. 788–804, 2016.
DELLA PORTA, Donatella; DIANI, Mario. Social movements: an introduction. 2. ed. Malden, MA: Blackwell Publishing, 2006. p. 365.
DELLA PORTA, Donatella; MOSCA, Lorenzo. Global-net for global movements? A network of networks for a movement of movements. Journal of Public Policy, v. 25, n. 1, p. 165–190, 2005.
FRASER, Nancy. Rethinking the public sphere: a contribution to the critique of actually existing democracy. Social Text, Durham, n. 25/26, p. 56–80, 1990.
FREEMAN, Jo. The tyranny of structurelessness. Berkeley Journal of Sociology, v. 17, p. 151–164, 1972.
GASPARETTO, V. F.; SPECK, D. . Tecendo conexões e aproximações entre feminismos africanos e latino-americanos. Revista Eletrônica da ANPHLAC, [S. l.], v. 22, n. 32, p. 119–151, 2022.
GOMES, Carla; SORJ, Bila. Corpo, geração e identidade: a Marcha das Vadias no Brasil. Sociedade e Estado, v. 29, n. 2, p. 433–447, 2014.
HINE, Christine. Ethnography for the Internet: Embedded, embodied and everyday. London: Bloomsbury Academic, 2015. 208 p.
LEAL, Tatiane. “Chega de fiu fiu”: feminismo, emoções e mobilização política por meio de práticas de compartilhamento de si. In: JESUS, Eduardo; TRINDADE, Eneus; JANOTTI Jr., Jeder; ROXO, Marco (Orgs.). Reinvenção comunicacional da política: modos de habitar e desabitar o século XXI. Salvador: Edufba; Brasília: Compós, p. 97-112, 2016.
LOYOLA, Valeska Maria Zanello de. A Prateleira do Amor: Sobre Mulheres, Homens e Relações. Sd: Appris Editora, 2022. 144 p.
MEDEIROS, Jonas. Movimentos de mulheres periféricas na Zona Leste de São Paulo
MEDEIROS, Jonas; FANTI, Fabíola. Recent Changes in the Brazilian Feminist Movement: The Emergence of New Collective Actors. In: FERRERO, Juan Pablo; NATALUCCI, Ana; TATAGIBA, Luciana (ed.). Socio-Political Dynamics within the Crisis of the Left: Argentina and Brazil. Londres: Rowman & Littlefield Publishers, 2019. p. 324.
MELUCCI, Alberto. Challenging codes: collective action in the information age. Cambridge University Press, 1996.
MELUCCI, Alberto. Nomads of the present: social movements and individual needs in contemporary society. London: Hutchinson Radius, 1989. 292 p.
MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e política: uma introdução. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2014. 164 p.
NÃO ME KAHLO, #Meu amigo secreto: feminismo além das redes. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2016.
PAIVA, Fernanda Polidoro,. "Tornar-se feminista": encontrar as palavras" e as redes estratégias de construção do campo discursivo feminista nas arenas digitais. 2023. 1 recurso online (141 p.) Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: 20.500.12733/12083. Acesso em: 18 ago. 2025.
PAIVA, Fernanda Polidoro; TATAGIBA, Luciana Ferreira. A Revolução “das minas”: as redes submersas da Primavera Feminista. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNICAMP, 25., 2017, Campinas. Anais eletrônicos.... Campinas: Galoá, 2017. Disponível em: https://proceedings.science/unicamp-pibic/pibic-2017/trabalhos/a-revolucao-das-minas-as-redes-submersas-da-primavera-feminista?lang=pt-br. Acesso em: 18 ago. 2025.
PEREIRA, Marcus Abílio. Internet e mobilização política – os movimentos sociais na era digital. In: ENCONTRO DA COMPOLÍTICA, 4., 2011, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2011.
PINHEIRO-MACHADO, Rosana. Amanhã vai ser maior: o que aconteceu com o Brasil e as possíveis rotas de fuga para a crise atual. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019.
PINTO, Céli. 'Mulheres foram para as ruas em 2018 como nunca antes na história do Brasil', diz historiadora. BBC News Brasil, 1 out. 2018. Entrevista concedida à BBC News Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45700013. Acesso em: 11 jun. 2025.
POLLETTA, Francesca. "Free Spaces" in Collective Action. Theory and Society. Vol. 28, n. 01, fev. 1999, p. 1-28.
POLLETTA, Francesca; JASPER, James M. Collective Identity and Social Movements. Annual Review of Sociology, v. 27, p. 283-305, 2001.
ROVIRA-SANCHO, Guiomar; MORALES-I-GRAS, J. Femitags in the networks and in the streets: 50 hashtags for feminist activism in Latin America. El Profesional de la Información, 2023.
SILVA, Carmen Silvia Maria da. Movimento de Mulheres, Movimentos Feministas e a Participação de Mulheres Populares: processo de constituição de um feminismo antissistêmico e popular. 2016. 361 f. Tese (Doutorado) - Curso de Sociologia, Departamento de Sociologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016.
TARROW, Sidney. Power in movement: social movements, collective action and politics. Cambridge: Cambridge University Press, 1997. 276 p.
TEIXEIRA, Ana Claudia; ZANINI, Débora; MENESES, Larissa. O fazer político nas mídias sociais: aproximações teóricas sobre ação coletiva em rede. In: Encontro Anual da Anpocs, 41, 2017, Caxambu. ANPOCS, 2017.
THINK OLGA. Hashtag transformação: 82 mil tweets sobre o #primeiroassedio. Think Olga, 26 out. 2015. Disponível em: http://thinkolga.com/2015/10/26/hashtag-transformacao-82-mil-tweets-sobre-o-primeiroassedio/. Acesso em: 05 fev.2023.
THINK OLGA. Uma primavera sem fim. Think Olga, 18 dez. 2015. Disponível em: https://thinkolga.com/2015/12/18/uma-primavera-sem-fim/. Acesso em: 05 fev.2023.
THORSEN, Einar; SREEDHARAN, Chindu. #EndMaleGuardianship: women’s rights, social media and the Arab public sphere. New Media & Society, [S. l.], v. 21, n. 5, p. 1120–1140, 2019.
VICKERY, Jacqueline Ryan. #YesAllWomen (have a collective story to tell): feminist hashtags and the intersection of personal narratives, networked publics, and intimate citizenship. Berkeley Journal of Sociology, v. 6, 2016.
VON BÜLOW, Marisa; GOBBI, Danniel; DIAS, Tayrine. O conceito de ativismo digital: uma agenda para além das fronteiras entre sistema político e sociedade civil. In: TATAGIBA, Luciana et al. (org.). Participação e ativismos: entre retrocessos e resistências. Porto Alegre: Zouk, 2022. p. 307–325.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Todos os artigos científicos publicados na CSOnline – Revista Eletrônica de Ciências Sociais estão licenciados sob uma Licença Creative Commons
