Disputas conceptuales sobre la violencia política contra las mujeres en el contexto latinoamericano
mapeo analítico y aportes para un enfoque crítico del caso brasileño
Palabras clave:
violencia política contra las mujeres, interseccionalidad, violencia simbólica, exclusión política, teoría crítica feministaResumen
Este artículo tiene como objetivo mapear los principales hitos conceptuales y disputas en torno a la categoría “violencia política contra las mujeres”, con énfasis en la producción teórica latinoamericana y especial atención al contexto brasileño. El análisis muestra el predominio de enfoques que vinculan este fenómeno con el reciente aumento de la presencia femenina en espacios institucionales de poder, tratándolo como una reacción contemporánea a la participación política de las mujeres. Esta perspectiva tiende a ignorar las dimensiones históricas, estructurales y simbólicas de la violencia, lo que limita su comprensión y restringe el alcance de posibles respuestas teóricas y políticas. A lo largo del texto se destaca la necesidad de una perspectiva crítica, interseccional y situada, que contemple las interacciones entre género, raza, clase y territorio, además de las especificidades de la formación social y política brasileña. El estudio es de naturaleza teórica y cualitativa, con método inductivo y enfoque histórico-estructural. Como resultado, el artículo identifica dos vacíos analíticos clave en las formulaciones existentes: (i) la marginalidad de la interseccionalidad como categoría fundante y (ii) la subteorización de la violencia simbólica. Se argumenta que estas omisiones no solo debilitan la capacidad explicativa, sino que también perpetúan silencios y exclusiones. Finalmente, se propone reconocer la violencia simbólica —manifestada a través del borrado político— como un engranaje histórico del poder patriarcal, y se defiende la necesidad de una teoría crítica feminista que confronte dichas exclusiones como fundacionales del orden político brasileño.
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