Do mundo offline para o online: discursos em rede contra a inclusão de atletas transexuais

Autores/as

  • Thiago Camargo Iwamoto Pontifícia Universidade Católica de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.34019/1981-2140.2020.30788

Palabras clave:

Cibercultura, Rede Social, Comentários, Atletas Transexuais, Discursos

Resumen

O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre os discursos emitidos na Rede Social, especificamente da página “Quebrando o Tabu” sobre o processo de inclusão de mulheres transexuais nos esportes de alto rendimento. Para tanto, foi utilizado o método de Análise de Conteúdo de uma publicação do dia 01 de fevereiro de 2018 da página em tela. Foi possível identificar que o espaço da cibercultura, especificamente as redes sociais, são constituídos por uma diversidade de atores sociais que emitem comentários sem fundamentação técnica, científica e específica, como é o caso da inclusão de mulheres transexuais nos esportes. Os comentários proferidos são alicerçados e limitados em perspectivas biologicistas, religiosas, culturais e pessoais, estigmatizando as pessoas transexuais e fortalecendo um discurso contrário à inclusão dessas. Ademais, há a necessidade de compreender os avanços da tecnologia e da comunicação mediada pelo computador configurando-se como um espaço plural, mas que não deveria reforçar padrões preconceituosos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Thiago Camargo Iwamoto, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Doutor em Educação Física pela Universidade de Brasília - UnB; Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás; Especialista em Fisiologia e Cinesiologia do Exercício pela Universidade Veiga de Almeida - UVA; Bacharel e Licenciado em Educação Física pela PUC Goiás. Docente do curso de Educação Física, vinculado à Escola de Formação de Professores e Humanidades - EFPH - da Pontifícia Universidade Católica de Goiás; e professor de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação e Esporte - SMEE - da Prefeitura de Goiânia - Goiás.

Citas

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3ª reimp. da 1.ed. São Paulo: Edições 70, 2016.
BAUER, M. W. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: BAUER, M. W. e GASKELL, G. (Org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. p. 189-217.
BEAUVOIR, S. D. O Segundo Sexo: fatos e mitos. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
BORGES, L. C.; SALOMÃO, N. M. R. Aquisição da linguagem: considerações da perspectiva da interação social. Psicologia: Reflexão e Crítica, Rio Grande do Sul, v. 16, n. 2, p. 327-336, 2003.
BUTLER, J. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. 14. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
CASTELLS, M. The Network Society: from Knowledge to Policy. In: CASTELLS, M. e CARDOSO, G. (Org.). The network society: From knowledge to policy. Washington, DC: Johns Hopkins Center for Transatlantic Relations, 2006. cap. 1, p.3-22.
_____. A sociedade em rede. 19. ed., revista e ampliada. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2018.
DOS ANJOS, L. A.; GOELLNER, S. V. Esporte e transgeneridade: corpos, gêneros e sexualidades plurais. In: DORNELLES, P. G.;WENETZ, I., et al (Ed.). Educação física e sexualidade: desafios educacionais. 1. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2017. p.51-72. (Coleção Educação Física).
FLEURY, A. R. D.; TORRES, A. R. R. Homossexualidade e preconceito: o que pensam os futuros gestores de pessoas. Curitiba: Juruá, 2010.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
GOELLNER, S. V. Corpo, gênero e sexualidade: educando para a diversidade. In: OLIVEIRA, A. A. B. D. e PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos do Programa Segundo Tempo: da reflexão à prática. Maringá: Eduem, 2009.
GOMES, H. S. Facebook libera cinco novos botões alternativos ao 'curtir'. São Paulo, 2016. Disponível em: < http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/02/facebook-libera-cinco-novos-botoes-alternativos-ao-curtir.html >. Acesso em: 27 de agosto 2018.
HARPER, J. Race times for transgender athletes. Journal of Sporting Cultures and Identities, Illinois, v. 6, n. 1, 2015.
JUNGBLUT, A. L. A heterogenia do mundo on-line: algumas reflexões sobre virtualização, comunicação mediada por computador e ciberespaço. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 10, n. 21, p. 97-121, 2004.
LANZ, L. O corpo da roupa: a pessoa transgênera entre a transgressão e a conformidade com as normas de gênero. Uma introdução aos estudos transgêneros. Curitiba: Transgente, 2015.
LÉVY, P. O ciberepaço como um passo metaevolutivo. Revista Famecos, Porto Alegre, v. 7, n. 13, p. 59-67, 2000.
_____. Cibercultura. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2010.
MARTINO, L. M. S. Teoria das Mídias Digitais: linguagens, ambientes, redes. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
MATTELART, A.; MATTELART, M. História das teorias da comunicação. São Paulo: Loyola, 2011.
MORO, G. H. M. Emoticons, emojis e ícones como modelo de comunicação e linguagem: relações culturais e tecnológicas. Revista de Estudos da Comunicação, Curitiba, v. 17, n. 43, p.53-10, Set./Dez., 2016.
PAIVA, V. L. M. D. O. The language of emojis. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 55, n. 2, p. 379-401, 2016.
QUEBRANDO O TABU. E esse é o caso de Tiffany. Porém, não deixa de ser um caso complexo. Você tem alguma opinião? . 2018a. Disponível em: < https://www.facebook.com/quebrandootabu/posts/uma-pol%C3%AAmica-compreens%C3%ADvel-mas-o-fato-%C3%A9-que-depois-de-pesquisas-com-m%C3%A9dicos-espo/1781103438612702/ >. Acesso em: 01de fevereiro de 2018.
RECUERO, R. D. C. Mapeando redes sociais na internet através da conversação mediada pelo computador. Educação e Contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas, Salvador, p. 251-274, 2009.
_____. A conversação em rede: comunicação mediada pelo computador e redes sociais na Internet. 2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2014.

Publicado

2020-08-11

Cómo citar

Iwamoto, T. C. (2020). Do mundo offline para o online: discursos em rede contra a inclusão de atletas transexuais. CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, (31). https://doi.org/10.34019/1981-2140.2020.30788

Número

Sección

Dossiês