“Gay de direita deveria nascer hétero"
essencialização identitária e discursos entre LGBT+ no Facebook
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2021.30786Palabras clave:
Discursos, LGBT , Política, Direita, EsquerdaResumen
Neste artigo, por meio de uma etnografia virtual realizada em um grupo de socialização LGBT+ na rede social Facebook, busca-se analisar as discussões políticas desencadeadas entre seus membros. Assim, apresenta-se também os processos sociohistóricos que vincularam as identidades LGBT+ à direita ou à esquerda em determinados contextos e que podem explicar essa concepção enraizada em muitas pessoas LGBT+, ou seja, como os discursos devem ser analisados dentro dos contextos políticos e sociais que foram (re)produzidos. Por fim, demonstra-se os limites e as impossibilidades na associação entre sexualidade a posições políticas, além dos perigos de se essencializar as identidades.
Descargas
Citas
AZEVEDO, Pedro Sampaio. CUBA E O PECADO NEFANDO: a Ilha Caribenha e a questão homossexual durante sua história. Anais do 2° Encontro Histórias e Parcerias, Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2019.
BELELI, Iara. Amores on line. In: PELÚCIO, Larissa; SOUZA, Luís Antônio Francisco da; MAGALHÃES, Bóris Ribeiro de; SABATINE, Thiago Teixeira (org.). Olhares plurais para o cotidiano: gênero, sexualidade e mídia. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p.56-73.
BELELI, Iara. O imperativo das imagens: construção de afinidades nas mídias digitais. Cadernos Pagu. 2015, n.44, pp. 91-114.
BENTO, Berenice. A diferença que faz a diferença: corpo e subjetividade na transexualidade. In: Revista Bagoas, v. 4, p. 95-112, 2009.
BOBBIO, Norberto. Direita e esquerda - As razões e significados de uma distinção política.Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Unesp, 2001.
BOZON, Michel. Sociologia da sexualidade. Rio de Janeiro: FGV, 2004, 172p.
BRUGNAGO, Fabrício; CHAIA, Vera. A nova polarização política nas eleições de 2014: radicalização ideológica da direita no mundo contemporâneo do Facebook. Revista de arte, mídia e política, São Paulo, v.7, n.21, p.99-129, out.2014-jan. 2015.
BULGARELLI, Lucas. Por que 29% dos LGBTs votam em Bolsonaro?. In: EL PAIS BRASIL. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/27/opinion/1540592921_823943.html > acesso 10 de fevereiro de 2020.
BUTLER, Judith. Críticamente subversiva. In: JIMÉNEZ, Rafael M. Mérida. Sexualidades transgresoras. Una antología de estudios queer. Barcelona: Icária editorial, 2002.
CECCARELLI, Paulo Roberto. A invenção da homossexualidade. Bagoas-Estudos gays: gêneros e sexualidades, v. 2, n. 02, 2012.
COLLING, Leandro. Personagens homossexuais nas telenovelas da Rede Globo: criminosos, afetados e heterossexualizados. Revista Gênero, v. 8, n. 1, p. 207, 2007.
COPELLI, Alexandre Lauriano. Gays de Direita e a Nova Onda Conservadora: a negação de si mesmo e a contradição do conservadorismo nos costumes por parte de membros da comunidade LGBT+. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 6, n. 1, p. 102-124, 2020.
DERRIDA, Jacques. Margens da Filosofia. Trad. Joaquim Torres Costa e António M. Magalhães. Porto: RÉS Editora, 1986.
DRUCKER, Peter. A normalidade gay e a transformação queer. Cadernos Cemarx, n. 10, 2017.
FACCHINI, Regina. Sopa de letrinhas? Movimento homossexual e produção de identidades coletivas nos anos 90. Rio de Janeiro, Garamond, 2005.
FIRMINO, G. C. Conservadorismo liberal e classes médias: uma análise do ‘Vem Pra Rua’ e do ‘Movimento Brasil Livre’. In: X Seminário do Trabalho. Trabalho, crise e políticas sociais na América Latina, 2016, Marília/SP. Anais X Seminário do Trabalho. Trabalho, crise e políticas sociais na América Latina, 2016.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. I: a vontade de saber, 3. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1980.
FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso.São Paulo:Loyola, 1996.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 35. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
GREEN, James N. A luta pela igualdade: desejos, homossexualidade e a esquerda na América Latina. Cadernos AEL, 2003.
HARAWAY, Donna J. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 37-129.
HINE, Christine. Virtual ethnography revisited. Paper summary prepared for session on online research methods, research methods festival Oxford, v. 1, 2004.
IRINEU, Bruna Andrade. Homonacionalismo e cidadania LGBT em tempos de neoliberalismo: dilemas e impasses às lutas por direitos sexuais no Brasil. Em Pauta, vol. 12, no 34, Rio de Janeiro, 2014, pp.155-178.
JOHNSON, Barbara. The critical difference. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1981.
KALIL, Isabela Oliveira. Notas sobre ‘Os Fins da Democracia’: etnografar protestos, manifestações e enfrentamentos políticos », Ponto Urbe [Online], 22 | 2018, posto online no dia 15 agosto 2018.
KALIL, Isabela. O. (Coord.). Quem são e no que acreditam os eleitores de Jair Bolsonaro. São Paulo, SP: Fundação de Sociologia e Política de São Paulo, 2018. Disponível em < https://www.fespsp.org.br/store/file_source/FESPSP/Documentos/Relat%C3%B3rio%20para%20Site%20FESPSP.pdf > acesso 15 de abril 2020.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador: EDUFBA-EDUSC, 2012.
LOPES, Denilson. Por uma nova invisibilidade. JUNQUEIRA, Rogério Diniz (Organizador). Diversidade sexual na educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, UNESCO, 2009.
LOURO, GUACIRA LOPES. Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação. Rev. Estud. Fem., Florianópolis , v. 9, n. 2, p. 541-553, 2001.
MISKOLCI, Richard. Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
MISKOLCI, Richard. Desejos digitais. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.
PELÚCIO, Larissa. “Vamos fazer isso pessoalmente”: masculinidades contemporâneas negociação dos afetos na busca de parcerias amorosas e sexuais por de aplicativos móveis. 30ª Reunião Brasileira de Antropologia, João Pessoa, 2016.
PENTEADO, Claudio Luis de Camargo; LERNER, Celina. A direita na rede: mobilização online no impeachment de Dilma Rousseff. Em Debate: Periódico de Opinião Pública e Conjuntura Política, Belo Horizonte, v. 10, n. 1, p. 12-24, abr. 2018.
PEREIRA, Mário Eduardo Costa. Krafft-Ebing, Psychopathia Sexualis and the creation of the medical notion of sadism. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 12, n. 2, p. 379-386, 2009.
PUAR, Jasbir. Terrorist Assemblages. Homonationalism in Queer times.Duke Univrsity Press, 2007.
PUAR, Jasbir K. Homonacionalismo como mosaico: viagens virais, sexualidades afetivas. Revista Lusófona de Estudos Culturais, v. 3, n. 1, p. 297–318| 319–337-297–318| 319–337, 2015.
QUINALHA, R. H.; GREEN, James. N. (Org.). Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade. 1. ed. São Carlos: EdUFSCar, 2014. v. 1. 332p
RICH, Adrienne. Compulsory heterosexuality and lesbian existence. Signs: Journal of women in culture and society, v. 5, n. 4, p. 631-660, 1980.
RUBIN, Gayle; BUTLER, Judith. "Tráfico sexual: entrevista".Cadernos Pagu, n. 21, p. 157-209, 2003.
SANTOS, Gustavo Gomes da Costa. Movimento LGBT e partidos políticos no Brasil. Contemporânea: revista de sociologia da UFSCar, São Carlos, v. 6, n. 1, p. 179-212, jan./jun. 2016.
SEIDMAN, Steven. Queer Theory/Sociology. Malden: Blackwell, 1996.
VANCE, Carole. "A Antropologia Redescobre A Sexualidade: Um Comentário Teórico", Physis, Revista De Saúde Coletiva, V. 5, N.1. Rio de Janeiro: 1995.
WEEKS, Jefrey. El malestar de la sexualidad: significados, mitos y sexualidades modernas. Madrid: Talasa, 1993.
WITTIG, Monique. One is not born a woman. The lesbian and gay studies reader, p. 103-109, 1993.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Todos os artigos científicos publicados na CSOnline – Revista Eletrônica de Ciências Sociais estão licenciados sob uma Licença Creative Commons