Representação Política Feminina: alguns referenciais teóricos
Abstract
O artigo tem como objetivo refletir acerca de algumas das principais correntes teóricas que tratam da temática da representação especial de grupos, sobretudo da representação de mulheres. Sabe-se que o modelo de representação vigente apresenta falhas e é defasado em sua capacidade de levar, para o interior das instâncias de poder, ideias, interesses e perspectivas diversificadas. Assim, tem se mostrado urgente a necessidade de pluralização desses espaços, de modo que sejam capazes de refletir, em seu interior, a heterogeneidade presente na sociedade. Para Hanna Pitkin, a representação descritiva possui limitações haja vista que, para além das características físicas, não esclarece a respeito de como os representantes agirão uma vez eleitos. Já para as demais autoras aqui abordadas, o modelo descritivo de representação importa. Destacamos que, ainda que os debates que permeiam a representação descritiva e a representação especial de grupos sejam dissonantes em muitos aspectos, todas as vozes sinalizam para a necessidade de se incorporar membros de grupos heterogêneos, de modo a tornar os processos político-decisórios mais plurais e responsivos às necessidades dos diferentes grupos que compõem a estrutura social.
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