Da agulha hipodérmica à goma de mascar: o dilema metodológico da relação mídia-criminalidade
Abstract
A emergência da TV como meio privilegiado de comunicação social, nos anos de 1960, coincidiu com o aumento dos índices de criminalidade no Ocidente. A TV não só mudou as regras do discurso político, mas também reduziu o senso de distanciamento que separava a classe-média do crime. A hipótese que levantamos neste trabalho é que a mídia, especialmente a eletrônica, tem um papel relevante na formação do complexo de crime na modernidade tardia, ao explorar, dramatizar e reforçar uma nova experiência pública de profunda ressonância psicológica. Ao fazê-lo, a mídia, juntamente com a cultura popular e o meio-ambiente construído ajudaram a institucionalizar tal experiência ao fornecer ocasiões cotidianas de expressão das emoções de medo, fúria, ressentimento, vingança e fascínio que as experiências individuais de crime provocam. Tal “institucionalização” direcionou a atenção do público, não para o problema da criminalidade em si, menos ainda para seus índices oficiais, mas para suas representações.Downloads
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Published
2010-01-14
How to Cite
Lyra de Carvalho Jr, O. (2010). Da agulha hipodérmica à goma de mascar: o dilema metodológico da relação mídia-criminalidade. CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, (8). Retrieved from https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/17134
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Artigos Teórico empíricos
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