Os praças do corpo de bombeiros
masturbação e seus significados no cotidiano da firmação de Pedro Nava
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2022.37601Palavras-chave:
masturbação, história da sexualidade, Pedro NavaResumo
Este trabalho procura analisar os discursos normativos existentes sobre a masturbação e os significados atribuídos à prática a partir das Memórias do médico e escritor Pedro Nava, em especial os livros Balão Cativo (1973) e Chão de Ferro (1976), que compreendem a etapa de formação do narrador, ou seja, parte de sua infância e adolescência. A masturbação possui uma história que tem no século XVIII um ponto de inflexão, quando atribui-se a ela qualidades patológicas e uma vinculação com a quebra de princípios éticos valorizados na sociedade moderna. Os discursos normativos que surgiram a partir de então tiveram repercussão no Brasil, fazendo parte do cotidiano disciplinar das instituições escolares pelas quais Pedro Nava passou como aluno interno. Contudo, apesar de ser considerada um interdito, a masturbação era parte importante da vivência dos alunos desses estabelecimentos, constituindo um dos meios de socialização masculina e da formação do indivíduo enquanto Sujeito de prazer.
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