DOS ARMÁRIOS NOSSOS DE CADA DIA: UMA (AINDA) PRESENÇA FORMADORA DO(S) ARMÁRIO(S) NO COTIDIANO CONTEMPORÂNEO DO SER LÉSBICA
DOI:
https://doi.org/10.34019/1981-2140.2017.17421Resumo
Neste trabalho teremos o propósito de apresentar e conhecer, a partir das narrativas pessoais (e políticas) de duas mulheres lésbicas estudantes universitárias - colhidas por meio da aplicação do método História Oral de Vida - o(s) "armário(s)" e algumas das facetas do modus operandi desse regime e de suas regras contraditórias e limitantes. Nossa hipótese, dentre outras coisas, é que, como narrativas exemplificativas, as falas das entrevistadas, ainda que involuntariamente, poderão dar testemunho da extensão e força da imagem do(s) armário(s), podendo nos remeter a duas conclusões vitalmente importantes a que chega Eve Sedgwick em A epistemologia do armário: que este ainda é a característica fundamental das vidas que não se enquadram nos marcos heteronormativos, com uma (ainda) forte presença formadora, e que "assumir-se" ou "sair do armário" em alguma(s) das dimensões da vida de uma pessoa "LGBT" não a retira automaticamente do(s) armário(s) que a enredam. Fazendo-o, o campo narrativo dessa investigação intentará aproximar-se de uma agenda de redescrição das práticas de gênero e sexualidade - antilgbtfóbica e anti-sexista - e de questionamento dos privilégios da norma e de sua indiferença para com as pessoas inaudíveis para a ordem androcêntrica e heterossexual, contrabandeando falas subalternizadas (in casu, falas de mulheres lésbicas) para o interior da academia.
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