MEDIANDO SABORES: DEBATE SOBRE A ALIMENTAÇÃO, POLÍTICAS CULTURAIS E EXTENSIONISMO
Resumo
Com este artigo, objetivamos debater sobre a importância do trabalho dos extensionistas rurais, enquanto mediadores sociais, no acionamento de políticas públicas culturais, por meio de projetos que visem à manutenção de práticas e hábitos alimentares tradicionais de comunidades negras rurais, ou remanescentes quilombolas. Considerando a alimentação como um dado cultural (Canesqui, 2005; Fischler, 2001; DaMatta,1987), apresentamos alguns aspectos da prática alimentar de comunidades de remanescentes quilombolas do município de Piranga/MG. Assumimos que, partir da observação e análise desses aspectos, torna-se possível depreender informações a respeito da lógica organizacional, da memória, da matriz étnica e da formatação sócio econômica desses grupos sociais. Desta forma, a ressignificação e a manutenção das práticas e hábitos alimentares significam, sobretudo pelo momento em que se encontram as comunidades de remanescestes quilombolas no país, um importante elemento para a conquista da titulação efetiva de terra desses povos, ou seja, se configuram como um instrumento para o desenvolvimento social, cultural e econômico. O papel do mediador social, neste sentido, torna-se fundamental, pois a ele caberá o direcionamento e interlocução entre as comunidades quilombolas e as políticas públicas culturais a que têm direito.Downloads
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Publicado
2010-02-23
Como Citar
Santos, A., & Doula, S. M. (2010). MEDIANDO SABORES: DEBATE SOBRE A ALIMENTAÇÃO, POLÍTICAS CULTURAIS E EXTENSIONISMO. CSOnline - REVISTA ELETRÔNICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS, (9). Recuperado de https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/17148
Edição
Seção
Artigos Teórico empíricos
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