A TRABALHADORA DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE: DAS DESIGUALDADES ÀS ALTERNATIVAS PELA VIA DO EMPODERAMENTO

Resumo

O presente trabalho avalia a relação entre gênero, raça, geração, escolaridade, trabalho e pobreza na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), Rio Grande do Sul, a partir da análise de dados secundários. Procura compreender a inserção da mulher no mercado laboral desde uma perspectiva histórica e com aportes dos estudos sobre o trabalho. A ênfase está nas modificações das relações e condições laborais, especialmente com relação à precariedade e vulnerabilidade. A região, por apresentar uma mescla contraditória de empreendedorismo econômico, concentração de riqueza e desigualdades sociais, fornece o suporte fático para a identificação de discriminações, tanto em função do sexo quanto da cor, da idade e da escolaridade, tornando a mulher negra, jovem e de baixo nível de instrução formal mais suscetível à pobreza. Verifica-se a ocorrência do fenômeno caracterizado por “feminização da pobreza” e a replicação de valores, estereótipos e preconceitos, num ciclo de desigualdades e obstáculos para a melhoria das condições de trabalho, renda e vida. Desde a realidade presente, procura-se compreender, dentro da concepção de políticas públicas voltadas às mulheres, quais os fatores que podem atuar na desestruturação dos alicerces das desigualdades, a fim de indicar alternativas a partir dos conceitos de empoderamento.