O acesso da População em Situação de Rua aos serviços de saúde: utopia ou realidade?

Hermes Candido de  Paula; Donizete Vago  Daher; Fabiana Ferreira  Koopmans; Mirna Barros  Teixeira; Magda Guimarães de Araujo  Faria; Carine Silvestrini Sena Lima da  Silva; Elyne Montenegro  Engstrom; Enéas Rangel  Teixeira

doi:10.34019/1809-8363.2023.v26.42196

Autores

Hermes Candido de Paula Universidade Federal Fluminense (UFF) https://orcid.org/0000-0003-4277-4760
Donizete Vago Daher Universidade Federal Fluminense (UFF) https://orcid.org/0000-0001-6249-0808
Fabiana Ferreira Koopmans Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) https://orcid.org/0000-0003-2238-5469
Mirna Barros Teixeira Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ) https://orcid.org/0000-0003-0088-9420
Magda Guimarães de Araujo Faria Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) https://orcid.org/0000-0001-9928-6392
Carine Silvestrini Sena Lima da Silva Universidade Estácio de Sá (UNESA) https://orcid.org/0000-0002-4631-000X
Elyne Montenegro Engstrom Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ) https://orcid.org/0000-0001-6149-3396
Enéas Rangel Teixeira Universidade Federal Fluminense (UFF) https://orcid.org/0000-0002-1721-2056

DOI:

https://doi.org/10.34019/1809-8363.2023.v26.42196

Palavras-chave:

Pessoas em Situação de Rua, Saúde Pública, Acesso aos Serviços de Saúde, Universalização da Saúde, Vulnerabilidade em Saúde

Resumo

Viver na rua é condição de grande vulnerabilidade social e levam as pessoas em situação de rua ao adoecimento e, atrelado a isso, encontram diversos entraves aos serviços de saúde para o cuidado. Este artigo objetiva analisar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, utilizando como método a etnografia. Nove pessoas em situação de rua do município do Rio de Janeiro participaram desta investigação. Para a análise dos dados, utilizou-se a análise de Domínio. Assim, após a interpretação dos dados, possibilitou a seguinte categoria de análise: Barreiras de acesso aos serviços de saúde, permitindo compreender que os modos de viver e sobreviver das pessoas em situação de rua atrelam-se à maneira de reproduzir suas biografias de vida nos espaços urbanos e se conectam as dificuldades cotidianas que elas enfrentam para ter acesso aos serviços de saúde, somadas às diversas barreiras presentes nas instituições de saúde. Conclui-se que é importante o exercício ético-político dos profissionais de saúde, levando em conta as especificidades das pessoas em situação de rua e sua cultura, com um olhar direcionado às mazelas sociais impostas em seu cotidiano.

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Biografia do Autor

Hermes Candido de Paula, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Graduado em Enfermagem pela Faculdade Bezerra de Araújo (FABA), mestre em Saúde da Família pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) e doutor em Ciências do Cuidado em Saúde pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Enfermeiro na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, RJ. CV: http://lattes.cnpq.br/4705074351695938

Donizete Vago Daher, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), mestra em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com pós-doutorado pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESENF C), Portugal, e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professora Titular da Universidade Federal Fluminense (UFF). CV: http://lattes.cnpq.br/6800822152435035

Fabiana Ferreira Koopmans, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestra em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz ( ENSP/FIOCRUZ) e doutora em Ciências do Cuidado em Saúde pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professora Adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). CV: http://lattes.cnpq.br/9168755811161766

Mirna Barros Teixeira, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ)

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestra e doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP / FIOCRUZ). Analista de Gestão em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ). CV: http://lattes.cnpq.br/1753811856422364

Magda Guimarães de Araujo Faria , Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO), mestra e doutora em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense (UFF). Professora Associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). CV: http://lattes.cnpq.br/4189110021351761

Carine Silvestrini Sena Lima da Silva, Universidade Estácio de Sá (UNESA)

Graduada em Enfermagem, mestra e doutora em Ciências do Cuidado pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professora na Universidade Estácio de Sá (UNESA). CV: http://lattes.cnpq.br/5919560961162963

Elyne Montenegro Engstrom, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ)

Graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestra em Saúde da Criança e da Mulher e doutora em Saúde Públlica pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ). Pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ). CV: http://lattes.cnpq.br/9827108346519148

Enéas Rangel Teixeira, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Graduado em Enfermagem e em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre e doutor em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com pós-doutorados no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC), na Université Laval (ULAVAL), Canadá, e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Professor Titular da Universidade Federal Fluminense (UFF). CV: http://lattes.cnpq.br/2282552925139090