Percepções das mulheres no climatério, um novo ciclo de vida?

Autores

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Autoimagem, Climatério, Saúde da Mulher, Qualidade de Vida, Percepção

Resumo

No que concerne à saúde feminina, é questionável a definição patologizante do climatério, visto que, além das alterações orgânicas, suas experiências, sentimentos e afetos podem ser muito heterogêneos. As mudanças nesta fase da vida da mulher podem interferir negativamente em sua qualidade de vida, afetando seu bem-estar físico, emocional e psicossocial. Neste embate entre frustrações e conquistas, é indispensável entender as narrativas daquelas que a vivenciam: a própria mulher. Objetivou-se compreender a autopercepção da mulher sobre o climatério. Mediante uma revisão narrativa, estudou-se cinco artigos publicados nos últimos cinco anos, utilizando as bases Medline/Pubmed e Scielo, com os descritores: “mulher”, “climatério” e “autopercepção”. Selecionou-se os artigos pelo critério de inclusão: artigos relacionados ao tema e publicados até o ano de 2016. O critério de exclusão foi: artigos publicados antes de 2016. Finalmente, realizou-se a interpretação e discussão dos artigos. O climatério, no âmbito da saúde biopsicossocial, pode interferir na qualidade de vida feminina. Esta é influenciada por fatores antes e após a menopausa. Embora haja poucos trabalhos sobre o tema, os principais depoimentos destacam: alterações emocionais e sua interferência na convivência familiar, pensamentos negativos sobre a própria imagem e implicações dos desconfortos dos sintomas físicos. Ademais, destaca-se que muitas mulheres têm pouco conhecimento sobre essa fase, sendo imprescindível uma atuação maior dos profissionais de saúde no sentido de produzir diálogos sobre o climatério. Conclui-se que, apesar dos relatos estarem prevalentemente associados aos efeitos deletérios para a qualidade de vida feminina, a literatura apresenta percepções diversificadas quanto à experiência das mulheres no climatério devido à multiplicidade de contextos e dinâmicas socioculturais das mulheres. Logo, é inverossímil tentativas de estabelecimentos de generalizações sobre a percepção das mulheres sobre o climatério, pois são trajetórias singulares e coligadas à sua própria história de vida.

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Biografia do Autor

Karen Wilky Santos Von Rondon, Universidade Federal de São João Del-Rei

Acadêmica do 6º período do curso de Medicina na Universidade Federal de São João del Rei - UFSJ/CDB. Atual Diretora de Eventos da Associação Atlética Acadêmica do curso de Medicina (AAA Monarquia), participante no Projeto de Extensão Universitária "1000 Oportunidades: Acompanhamento Logitudinal de Crianças no Município de Santa Cruz de Minas - MG", membro da Liga Acadêmica de Pediatria e Hebiatria (LAPEDH), ex-diretora científica da Liga de Anatomia Clínica (LIAC - 2018 a 2019). Foi monitora da disciplina Processos Patológicos no primeiro semestre de 2019.  

Ana Cristina de Lima Pimentel, Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

Possui graduação em medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2011), mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2014) e doutorado em Saúde Coletiva pela Fundação Oswaldo Cruz (2018). Atualmente é docente da Universidade Federal de São João del-Rei. Tem experiência na área de Saúde Coletiva com ênfase em políticas de saúde.  

Guilherme Sousa Toledo, Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

Acadêmico do 6º período de Medicina da UFSJ/CDB. Atualmente, é extensionista do Projeto "1000 Oportunidades: Acompanhamento Longitudinal de Crianças no Município de Santa Cruz de Minas - MG" (Instagram @1000_oportunidades); monitor-bolsista da disciplina de Fundamentos Cirúrgicos e membro-fundador da Liga Acadêmica de Técnicas Cirúrgicas (LATECI). Foi membro da Liga Acadêmica de Pediatria e Herbiatria (LAPEDH - 2019/2020), e atuou como Vice-Presidente da Liga de Anatomia Clínica - LIAC (Gestão 2019 - membro em 2018) e como monitor de Anatomia Clínica em 2018/2. Além disso, contribuiu para o "Programa de doação de corpos da UFSJ", na redação do capítulo "Perfil dos doadores do programa de doação de corpos de uma universidade pública do interior de Minas Gerais" do livro "O estudo de anatomia simples e dinâmico 4".

Larissa Morais Martins da Silva, Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

Possui formação no curso Técnico em Química (2015) pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) e, atualmente, cursa o 6º período de Medicina na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Já foi bolsista em Projetos de Iniciação Científica tanto pelo IFNMG quanto pela UFSJ. É monitora da disciplina de Anatomia Clínica, Diretora de Esportes da Associação Atlética Acadêmica do curso de Medicina (AAA Monarquia), membro-fundador e Vice-presidente da Liga Acadêmica Oncologia e Cuidados Paliativos (LAOCP), Diretora de Pesquisa da Liga Acadêmica de Pediatria e Herbiatria (LAPEDH), ex-membro da Liga Acadêmica do Coração (LACOR) (2019-2020) e já atuou como Segunda Secretária da Liga de Anatomia Clínica (LIAC) (2018-2019). Além disso, foi premiada na modalidade de apresentação oral de Trabalho Científico na V Jornada Acadêmica de Saúde da UFSJ-CCO (2019) e contribuiu para a escrita do livro "Anatomia forense dos ossos humanos em um anatômico", publicado em 2020.

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Publicado

2021-06-01

Edição

Seção

Resumos