Terapia comunitária integrativa (TCI) na UBSF e seus resultados: um relato de caso
Palabras clave:
Saúde Mental, Atenção Primária à Saúde, Psicoterapia de grupoResumen
A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é um espaço horizontal de partilha de sentimentos, promovendo uma ação abrangente e integradora às pessoas. Uma metodologia de cuidado em saúde mental cujas bases teóricas em muito se parecem com os atributos da Atenção Primária de Saúde (APS). A formação pode ser realizada por qualquer pessoa, independente da profissão, sendo uma modalidade terapêutica com o objetivo de aliviar as angústias do indivíduo. Este trabalho trata-se de um relato de experiência realizado por internos do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), sobre a vivência em uma roda de TCI, na Estratégia de Saúde da Família (ESF) no bairro Vila Brasília, Volta Redonda, RJ, durante o módulo de saúde coletiva do internato médico. O relato pretende estimular o uso da TCI na APS como ferramenta de apoio à orientação individual e comunitária. O caso descreve uma mãe com angústias e insônia devido aos conflitos familiares aliados às questões sociais, sem melhora após o uso de fármacos, evidenciando o valor da TCI em seu tratamento. Os resultados foram impactantes. Observou-se, não apenas a imediata melhora da pessoa no desabafo de emoções, como também a intensificação do vínculo médico-paciente e a valorização dos princípios da APS, como a longitudinalidade, pois essa paciente continuou comparecendo às consultas e às rodas de terapia. A TCI é, portanto, uma ferramenta terapêutica de grande alcance e impacto e deve ser estimulada pelos profissionais de saúde. Ademais, possui baixo custo, necessitando apenas de terapeutas formados e um espaço físico para ocorrer. Nosso relato torna nítida a necessidade de estímulo à essa prática na APS, pela resolutividade diante de casos complexos e queixas subjetivas tão frequentes nesse cenário. É preciso ampliar a clínica para além da doença, e a TCI abre uma janela para esses horizontes.