Atividades lúdicas como terapia em idosos institucionalizados: relato de experiência

Autores

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Instituição de Longa Permanência para Idosos, Ludicidade, Terapia

Resumo

O crescente número de Instituições de Longa Permanência (ILP), estruturadas para o cuidado geriátrico, apresenta conflitos diante da proposta da promoção da saúde, especialmente pelo negligenciamento da relação interpessoal, resultando na prevenção ou na atenuação de doenças. As atividades lúdicas proporcionam benefícios aos idosos institucionalizados, como o trabalho das emoções, desenvolvimento da afetividade, estimulação da convivência, diminuição do nível de ansiedade e de angústia, além de exercitar as funções psíquicas e cognitivas. Objetivou-se desenvolver a integração entre os idosos, estimular a memória, assim como contribuir para melhor qualidade de vida através da ludicidade. Trata-se de relato de experiência de uma atividade desenvolvida por membros do projeto de extensão do Núcleo de Estudos e Atenção Geronto-Geriátrica (NEAGG). Participaram da pesquisa 15 idosos residentes de uma ILP pública do município de Canoas, RS, em fevereiro de 2020. Realizou-se jogos de bingo, de memória e pinturas em desenhos. Observou-se que as atividades lúdicas provocaram emoções positivas nos residentes do lar, além de interações com outros idosos, funcionários e alunos participantes, por meio da execução das tarefas. Assim, os jogos de bingo incentivaram a comunicação e a atenção. As pinturas de desenho com lápis de cor e giz de cera exercitaram a coordenação motora fina, dando a singularidade a cada desenho, através das habilidades de cada um. Os jogos de memória exigiram concentração, além dos idosos relembrarem a brincadeira quando feita no passado, permitindo o compartilhamento de histórias, exercitando a memória. Em conclusão, as atividades lúdicas potencializam o cuidado com a pessoa idosa, acarretando relaxamento, diversão, concentração, expressão de emoções, interações com outros gerontes e funcionários, além de tornar a memória do paciente geriátrico ativa e funcional. Ademais, tais atividades também são capazes de suprir o isolamento em idosos institucionalizados, contribuindo para a socialização e minimizando os sentimentos de abandono.

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Biografia do Autor

Bárbara Franccesca Brandalise Bassani, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Acadêmica de medicina.

Andrei Leonardo Schuster, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Acadêmico de medicina.

Christopher Barros Niederauer, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Acadêmico de medicina.

Lucas Henrique Skalei Redmann, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Acadêmico de medicina.

Paulo Roberto Cardoso Consoni, Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (1982) e mestre em Geriatria - Pontifície Universidade Católica (1994). Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Seção RS(2006-2010) Psicoterapeuta Titulado pela Intituição Cyro Martins.Professor de graduação da Universidade Luterana do Brasil. Membro da Câmara técnica de Geriatria e Gerontologia CREMERS. Médico Especialista em Geriatria e Gerontologia titulado pela AMB-SBGG. Professor Orientador da Liga de Geriatria e Gerontologia da ULBRA.

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Publicado

2021-06-01

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