A atuação da Atenção Primária à Saúde na pandemia do COVID-19
Palabras clave:
Infecção por Coronavírus, Epidemiologia, Atenção primária à saúdeResumen
A COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, apresenta um espectro clínico desde quadros assintomáticos aos graves, com comprometimento respiratório, pneumonia e coagulação intravascular. Devido à alta transmissibilidade, este cenário foi caracterizado pela OMS como pandemia, em março de 2020, e já atingiu mais de 4,9 milhões de brasileiros. Assim, a participação da Atenção Primária à Saúde (APS) é essencial como instrumento de controle à disseminação da COVID-19. Tivemos como objetivo caracterizar a função da APS no enfrentamento ao SARS-CoV-2 e no manejo dos casos de COVID-19. Quanto à metodologia, foi elaborado um estudo descritivo e qualitativo, em setembro de 2020, a partir das bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, SciELO e PubMed. Os descritores utilizados foram “COVID-19”, “coronavírus” e “Atenção Primária”. Como resultados, a APS deve ser considerada um importante pilar da saúde frente às situações emergenciais, bem como à pandemia do coronavírus, sendo possível descentralizar os atendimentos, realizar a testagem do maior número possível de pacientes suspeitos e buscar ativamente os novos casos. Essas são algumas ações que podem fortalecer a vigilância epidemiológica e o planejamento de medidas de controle locorregional. Através da APS, tem-se controle precoce pela disseminação das medidas preventivas de contágio via Agentes Comunitários em Saúde. Como a entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS), recebe os pacientes para triagem precoce e encaminhamento dos casos graves. Dessa forma, indivíduos com sintomas de síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta) são dispensados para isolamento domiciliar, indicando retorno caso haja agravamento do quadro. Já aqueles com sinais de desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória ou que possuem comorbidades, como diabetes e hipertensão, são referenciados à atenção especializada. Conclui-se que a APS é de suma importância no enfrentamento da COVID-19 ao auxiliar no controle da transmissão do vírus e ao realizar a triagem dos casos, evitando-se, assim, a sobrecarga dos postos de média e elevada complexidade do SUS.