A Atenção Primária à Saúde no controle das infecções do trato urinário em gestantes

Autores

  • Vanessa Noeme Correa Universidade Federal do Piauí (UFPI) https://orcid.org/0000-0002-2170-7713
  • Isabela Mendes Maia Universidade Federal do Piauí (UFPI)
  • Michele Mirela da Silva Pereira Universidade Federal do Piauí (UFPI)
  • Italo Rossi Roseno Martins Universidade Federal do Piauí (UFPI) https://orcid.org/0000-0003-2871-9466

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Doenças do Trato Urinário, Gestante

Resumo

A infecção do trato urinário (ITU) é definida pela presença de patógenos no sistema urinário. Constitui uma das principais causas de consulta na prática médica e representa a infecção bacteriana mais comum na gestação. Esta infecção apresenta quadro clínico variado, desde assintomática até sintomas clássicos, como disúria e polaciúria. Na gestante, pode resultar em problemas maternos e fetais, especialmente a ruptura prematura de membranas amnióticas, o parto pré-termo e prematuridade. Nesse contexto, a Atenção Primária à Saúde (APS) é essencial para uma abordagem adequada às ITUs nas grávidas. Buscou-se, como objetivos, caracterizar as ITUS na gravidez e determinar o papel da APS nesse contexto. Como metodologia, utilizou-se revisão de literatura mediante busca nas bases de dados: Pubmed e Bireme, em setembro de 2020, com os descritores: “infecção do trato urinário”, “atenção primária” e “gestante”. Quanto aos resultados, constatou-se que a ITU é a terceira intercorrência clínica mais comum na gestação, acomete de 10% a 12% das gestantes, e complicam cerca de 20% das gestações com agravos severos materno-fetais, como: trabalho de parto pré-termo, corioamniorrexe prematura e pré-eclâmpsia, além de prematuridade e óbito fetais. Todavia, a literatura ratifica que gestantes com acesso à atenção pré-natal apresentam menor índice de doenças e o feto tem um melhor crescimento intrauterino, fatores que contribuem para a redução da morbimortalidade materna e perinatal. O que confirma a extrema importância da APS, frente a este problema de saúde pública, no papel de prevenir, detectar precocemente e tratar adequadamente da infecção, uma vez que todas estas ações são oferecidas durante a realização do pré-natal, de forma gratuita, pelo SUS. Com isso, torna-se evidente a grande prevalência da ITU na população gestante e seus agravos, tendo a APS um papel fundamental na redução da incidência e gravidade da infecção, através do sistema de saúde pré-natal e, com isso, reduzindo-se agravos maternos e fetais.

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Biografia do Autor

Vanessa Noeme Correa, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Acadêmica de Medicina.

Isabela Mendes Maia, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Acadêmica de Medicina.

Michele Mirela da Silva Pereira, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Acadêmica de Medicina.

Italo Rossi Roseno Martins, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Graduado em Farmácia (2008) com habilitação em farmácia industrial (2010), Mestrado (2012) e Doutorado (2016) em Farmacologia de Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Docente das disciplinas Bases dos Processos Biológicos II e Bases da Prática Médica I e II do Curso de Bacharelado em Medicina do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). 

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Publicado

2021-06-01

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