PERFIL DOS TRABALHADORES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DE UMA CAPITAL DO NORDESTE DO BRASIL
Palabras clave:
Estratégia Saúde da Família, Recursos Humanos em Saúde, Trabalho.Resumen
O estudo objetivou caracterizar trabalhadores de nível superior da Estratégia Saúde da Família (ESF) e seu trabalho em uma capital do Brasil, por meio de um estudo transversal, com uma amostra aleatória de 342 cirurgiões-dentistas (n=118), enfermeiros (n=127) e médicos (n=97). Os dados foram coletados por meio de um questionário auto-aplicado. Para apresentação dos resultados foi utilizada a estatística descritiva e inferencial. A maior parte da amostra (83,3%) foi de mulheres, com média de idade de 45,8 anos (dp=13,6) e de 20,4 anos de formação (dp= 13,3). Dos entrevistados, 77,2% cursaram especialização e 9,7% residência. Mais da metade dos enfermeiros e cirurgiões-dentistas estavam na mesma Equipe Saúde da Família (EqSF) há pelo menos 3 anos, enquanto os médicos estavam por períodos inferiores, atuando na fase inicial e tardia da carreira. Contratos temporários foram declarados por 81,4% dos médicos, 70,3% dos cirurgiões-dentistas e 43,3% dos enfermeiros. Dedicavam-se exclusivamente à ESF 81,9% dos enfermeiros, 64,4% dos cirurgiões-dentistas e 55,7% dos médicos. Os entrevistados ofereceriam uma média de 75,6 consultas individuais (dp=43,4) e 1,3 atividades de grupo por semana. Dedicavam um percentual médio de seu tempo semanal de trabalho de 60,0% para o acompanhamento de grupos específicos e 32,5% com atividades de prevenção e promoção da saúde. Médicos realizavam mais consultas individuais e participavam de um número menor de atividades de grupo. Cirurgiões-dentistas orientavam-se à organização de seus atendimentos pela demanda espontânea e enfermeiros pelo atendimento a grupos específicos. Os resultados deste estudo apontaram similaridades e especificidades dos trabalhadores investigados, além de traços de práticas típicas das categorias profissionais.