MORAR E TRABALHAR NA MESMA COMUNIDADE: A VISÃO DE PRATICANTES POPULARES DE SAÚDE
Palabras clave:
Medicina Alternativa. Saúde da Família. Medicina Tradicional. Atenção Primária à Saúde. Educação em Saúde.Resumen
Esta pesquisa teve o objetivo de compreender as relações que se estruturam entre praticantes de práticas populares de saúde e usuários, ex-usuários e não usuários de tais práticas que residem no mesmo bairro do praticante. O referencial teórico adotado foi da Educação Popular e Saúde, das Práticas Alternativas e Complementares de Saúde e da Psicodinâmica do Trabalho. A pesquisa foi realizada em 2010 tendo como procedimento metodológico central entrevistas semi-estruturadas com cinco praticantes que residissem e trabalhassem na mesma região. As práticas por eles exercidas foram de: a) benzimento, b) ervas, c) ervas e raízes, d) massagem bioenergética de Reick, e) auriculoterapia e cromoterapia. Os praticantes foram selecionados a partir de levantamento anterior feito na região no projeto “Mapeamento e Catalogação Inicial de Práticas Populares de Saúde de São Carlos”. Os dados foram analisados nas seguintes categorias: Onde a Prática é Exercida; Como o Praticante Vê a Prática em sua Vida; Caracterização das Relações Estabelecidas com a Comunidade, sendo esta última categoria dividida em: Tempo de Moradia e O Exercer da Prática na Mesma Comunidade; Relação entre Praticante e Usuários da Prática; Relação entre Praticante e Ex-usuários da Prática; Relação entre Praticante e Não Usuário da Prática; Pontos Negativos de Realizar a Prática; Pontos Positivos de Realizar a Prática; Gratificações e Recompensas pela Prática. Os resultados apontam aspectos importantes das relações estabelecidas entre praticantes populares de saúde com a comunidade, sendo de âmbito profissional e de trabalho e também no campo das relações sociais de amizade, afetividade. Ainda foi possível verificar relações de conflito, estresse e inimizade entre praticante e ex e não-usuários.