HÁBITOS ALIMENTARES E PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM ESCOLARES: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Palabras clave:
Saúde Escolar, Educação em Saúde, Doenças CardiovascularesResumen
Resumo
Devido às crescentes evidências de que as alterações fisiopatológicas das doenças cardiovasculares e metabólicas estão se iniciando de forma cada vez mais precoce, ainda na infância e adolescência, ressalta-se a importância do desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e da atuação da atenção primária neste processo. A escola torna-se, então, um cenário estratégico para estas práticas. Este trabalho trata do relato de uma experiência de educação em saúde no âmbito escolar, implementada a partir de informações sociodemográficas e de hábitos e estilo de vida relacionados à alimentação, à prática de atividades físicas, em uma turma de alunos da 5ª série de uma escola pública do município do Rio de Janeiro em 2007. Foi realizado um estudo descritivo, de corte longitudinal, com abordagem quantitativa, efetivado em duas etapas distintas. A primeira, relativa ao levantamento inicial de dados e à realização da atividade de educação em saúde; e a segunda, após 10 meses, para avaliar os possíveis impactos da mesma.. Os dados da primeira e segunda etapas foram obtidos através de questionários semiestruturados. As ações educativas foram desenvolvidas em quatro momentos e tiveram como foco prioritário de abordagem a alimentação saudável versus não saudável e suas consequências para a saúde das pessoas. Utilizou-se de metodologia participativa, centrada no aluno e nos seus hábitos alimentares, com base em técnicas de dinâmica de grupo, visando não só valorizar a participação do grupo como também buscar e ampliar o conhecimento dos estudantes, as perspectivas e possibilidades práticas de incorporação das competências trabalhadas. A maioria dos escolares avaliou positivamente a atividade. A segunda fase de coleta de dados ocorreu em 2008, cerca de 10 meses após a primeira, no mesmo grupo de alunos. Verificou-se que todos os participantes recordavam positivamente das atividades. Apesar de muitos alunos relatarem mudanças positivas nos seus hábitos de vida, sabemos que isso representa apenas os primeiros passos de uma longa jornada, lembrando-nos da complexidade envolvida no processo de mudança de hábitos de vida e da necessidade de investir de forma contínua e longitudinal na educação em saúde.