PREVALÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS ADSCRITOS À ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA, PARAÍBA

Abstract

O envelhecimento da população mundial é um fenômeno inquestionável. No Brasil e no Mundo, o crescimento do contingente de idosos traz a tona grandes desafios para as políticas públicas, especialmente aquelas voltadas para atenção a saúde desse grupo. Nesta perspectiva, o evento queda constitui um dos problemas de saúde mais preocupantes entre os idosos na atualidade, pela freqüência e conseqüências em relação à qualidade de vida. O presente estudo teve como objetivo verificar a prevalência, freqüência e fatores associados às quedas entre os idosos adscritos à Estratégia de Saúde da Família (ESF) no município de João Pessoa. Metodologia: Trata-se de um estudo de base populacional, realizado com 401 sujeitos com 60 anos ou mais, adscritos a 18 Unidades Básicas de Saúde (UBS) aleatoriamente selecionadas na cidade. Avaliou-se a ocorrência, freqüência e associação das quedas na amostra por meio de um questionário, o qual contemplou as características sócio-demográficas e de saúde física. Resultados: Dentre os idosos estudados, 42,4% relatou queda, sendo que 24% um único episódio e 18,3% dois ou mais no ano anterior à entrevista. O evento foi mais prevalente no sexo feminino, entre os idosos com idade de 60 a 69 anos e naqueles que possuíam cuidador. Além disso, autopercepção de saúde negativa, presença de comorbidades e uso de óculos também estiveram associados a uma maior ocorrência de quedas. A alta prevalência do evento remete a necessidade do delineamento de políticas de saúde específicas para pessoas idosas, sendo imprescindível a realização de estudos que investiguem as características da população e o contexto social em que vivem, fornecendo, dessa maneira, subsídios para a atuação dos profissionais inseridos na Estratégia de Saúde da Família (ESF).