Percepção de informações sobre medidas não farmacológicas de prevenção para a covid-19 entre usuários de uma Unidade Básica de Saúde de Campina Grande, Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2022.v25.38885Palavras-chave:
COVID, Modelo de crenças em saúde, Pandemias, Prevenção e controle, Estratégia Saúde da FamíliaResumo
As percepções sobre a doença pelo coronavírus 2019 (covid-19) associam-se à adoção de medidas preventivas não farmacológicas (MNF) contra o contágio. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção de informações sobre MNF para prevenção da COVID-19 por usuários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS). O estudo foi descritivo-transversal, quanti-qualitativo. Selecionou-se uma amostra de 70 famílias da população adstrita a uma UBS de Campina Grande (PB) para a fase quantitativa e, entre estes, 14 foram escolhidos para a fase qualitativa. A coleta de dados foi feita por questionário estruturado (dados sociodemográficos; informações sobre MNF; gravidade da covid-19; suscetibilidade à covid-19; confiança nas MNF) e entrevista não estruturada (enfrentamento, informações, impacto). Amostra predominantemente feminina (65,2%), parda (69,6%) e de instrução superior/pós-graduação (62,3%), que aplicou MNF em associação de 2 a 4, sobretudo lavagem das mãos, uso de álcool e máscara facial (51/74,2% para cada) e isolamento (36/52,4%). A maior parte se informou sobre MNF por TV e internet, e uma minoria, por amigos, parentes, governantes e profissionais da UBS; 49,2% se perceberam suscetíveis e 65,2% se sentiram confiantes nas MNF. Houve mais falas referentes a máscaras, vacinação e coletividade, nas categorias emergentes de prevenção, percepção, informação, governança e impacto. Os respondentes relataram críticas ao conteúdo e ênfase insuficiente das informações e à adesão parcial pela sua comunidade. Conclui-se que as orientações sobre as MNF alcançaram os participantes deste estudo e, para isto, deve ter contribuído o grau de escolaridade favorável da amostra.