O papel da atenção primária na rede de atenção à saúde frente ao manejo da hanseníase: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2022.v25.35355Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Hanseníase, Doenças Endêmicas, NotificaçãoResumo
Objetivou-se analisar o perfil demográfico e clínico dos casos de hanseníase e associar os fatores relacionadas às incapacidades físicas com a Atenção Primária à Saúde (APS) na perspectiva de Redes de Atenção à Saúde em Sinop, Mato Grosso. Trata-se de um estudo transversal, que percorreu três etapas analíticas: conhecimento do perfil epidemiológico; classificação da capacidade da Atenção Primária em coordenar as Redes de Atenção à Saúde; correlação dessa classificação com o número de casos novos, desfecho e o Grau de Incapacidade Física e correlação do número de casos novos e a média de cobertura da Atenção Primária por meio do coeficiente de correlação de Pearson. Foram considerados os casos novos de hanseníase notificados no período de 2014 a 2018. Dos 1.649 casos novos, 63% foram mulheres, entre 15 e 59 anos (83%), com até nove anos de estudo (47%), e negros (61%). Cura respondeu por 86% dos registros. Predomínio de Grau de incapacidade física 0 no diagnóstico (58%) e ausência de avaliação no desfecho (17,1%). Todas as Atenção Primária à Saúde foram classificadas como ‘condição boa’ na coordenação das Redes de Atenção. O abandono apresentou ‘correlação moderada’ com a capacidade da Atenção Primária em coordenar as Redes de Atenção e a média de cobertura da Atenção Primária com o número de casos indicou correlação ‘muito alta’. A Atenção Primária, na perspectiva da Rede de Atenção, se mostrou efetiva no controle e na condução da hanseníase no território municipal.