Mamografia de rastreamento, atenção primária e decisão compartilhada: a voz das mulheres
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2022.v25.35339Palavras-chave:
Mamografia, Neoplasias de mama, Rastreamento, Tomada de decisão compartilhada, Tecnologias levesResumo
Em relação à última diretriz brasileira do Instituto Nacional do Câncer/Ministério da Saúde sobre a detecção precoce do câncer de mama, destacamos as incertezas sobre a tomada de decisão compartilhada relativas a benefícios e riscos do rastreamento mamográfico. Este artigo expressa as percepções de usuárias de serviços de Atenção Primária à Saúde sobre a decisão compartilhada nesse cenário, sendo resultado de uma pesquisa qualitativa que utilizou grupos focais, como instrumentos de produção de dados, e análise de conteúdo temática, para a sistematização de resultados. As participantes revelaram não participarem de decisão compartilhada no rastreamento mamográfico, o que nos leva a ressaltar a importância de nortear os cuidados em saúde com base em tecnologias leves, ou seja, tecnologias relacionais, e a valorizar, também, a necessidade de implementação de certos aspectos conceituais e de princípios fundamentais, que precisam ser discutidos e realçados para que a decisão compartilhada seja implementada.