Análise de estigmas sociais que influenciam na vida de indivíduos com hanseníase

Autores

  • Alicia da Mota Silva Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC) https://orcid.org/0000-0001-6313-8187
  • Anna Victoria Pires Rodrigues Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)
  • João Paulo Oliveira Carneiro Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)
  • Krisna Araujo Luz Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)
  • Rodolfo Lima Araújo Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC) https://orcid.org/0000-0003-1615-0997

Palavras-chave:

Estigmas sociais, Hanseníase, Atenção Primária à Saúde

Resumo

A Hanseníase é uma enfermidade milenar marcada pelo preconceito, discriminação social e exclusão por muitos séculos, desde que era conhecida como lepra. É uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, cujas manifestações clínicas têm predominância na pele e/ou nervos periféricos. No entanto, mesmo com os avanços tecnológicos que objetivam o tratamento para a doença, estigmas sociais enraizados pelo o preconceito ainda persistem na contemporaneidade, tendo um alto poder de influência na qualidade de vida de pacientes diagnosticados com Hanseníase.  Objetivou-se, aqui, identificar estigmas sociais que afetam de modo direto e indireto a qualidade de vida de pacientes hansenianos, bem como a análise da representação social dos indivíduos hansenianos na contemporaneidade. Trata-se de uma análise de publicações recentes, de 2015 a 2020, nacionais e internacionais da Scielo, Pubmed e Medline que abordam a história social da hanseníase, desde os mais remotos tempos até os atuais. O termo estigma foi criado pelos gregos, a fim de relacionar sinais corporais discrepantes com um padrão imposto pela sociedade, sendo estes indivíduos excluídos da comunidade. Contudo, os estigmas e preconceitos associados à moléstia permanecem no âmbito atual da sociedade, remetendo os indivíduos hansenianos ao tabu da exclusão, segregação social, dificuldade de aceitação de si mesmo, sofrimento com sua aparência e morte, tendo como principal causa a persistente heterogeneidade dos indivíduos com a doença, desde tempos arcaicos à contemporaneidade, e a escassez generalizada de informações da população sobre as condições atuais de cura e tratamento da hanseníase. Conclui-se, então, que a hanseníase continua sendo conhecida como uma doença arcaica incurável. A internalização psíquica de sentimentos como medo, vergonha, culpa, exclusão, rejeição social e raiva continuam trazendo grandes sofrimentos e dores aos portadores da doença, comprometendo sua qualidade de vida na sociedade, fazendo-se necessária a disseminação de conhecimento científico à população.

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Biografia do Autor

Alicia da Mota Silva, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)

Acadêmica do 5º período de Medicina.

Anna Victoria Pires Rodrigues, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)

Acadêmica  de Medicina.

João Paulo Oliveira Carneiro, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)

Acadêmico de Medicina.

Krisna Araujo Luz, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)

Acadêmica do 4º período de Medicina.

Rodolfo Lima Araújo, Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos (UNITPAC)

Graduado em Medicina, especialista em Saúde da Família e professor do curso de Medicina no Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNITPAC).

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Publicado

2021-06-01

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