Saúde, sexualidade e adolescência: relato de uma ação de Educação em Saúde
Palavras-chave:
Educação Sexual, Serviços de Saúde do Adolescente, Gravidez na Adolescência, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Vulnerabilidade SocialResumo
A adolescência constitui uma fase da vida de transformações emocionais, cognitivas, sociais e corporais que se apresentam como desafiadoras para as políticas públicas no Brasil. Há de se pensar em ações e estratégias intersetoriais, particularmente, no âmbito da Educação e da Saúde. Destaca-se a relevância da educação em saúde, voltada aos adolescentes como forma de não só rastrear comportamentos de riscos e contextos de vulnerabilidade, mas também garantir o direito à saúde sexual e reprodutiva dessa população. Objetivou-se, com isso, descrever uma experiência de educação em saúde sexual e reprodutiva com adolescentes, operada por acadêmicos de Medicina. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em uma instituição filantrópica de Belo Horizonte - MG, no segundo semestre de 2019. A experiência de educação em saúde foi realizada junto a uma turma de 30 alunos, de 12 a 17 anos, de ambos os sexos. A ação educativa foi conduzida por dez acadêmicos de Medicina, sob supervisão da docente, e planejada em conjunto com o público-alvo que concordou com o tema “saúde e sexualidade”. A prática abordou outros subtemas, como uso de preservativos, métodos contraceptivos, infecções sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência. Os encontros contaram com distintas metodologias de aprendizagem, como: dinâmicas interativas e lúdicas, caixa de perguntas, filmes, documentários e roda de conversa. Em todas elas valorizou-se a problematização e o diálogo. A ação experienciada foi relevante, uma vez que a saúde sexual dos adolescentes é marcada por determinantes sociais que precisam ser refletidos e analisados pelos profissionais da saúde, como forma de desenvolver estratégias de redução das iniquidades por meio de ações de educação e promoção à saúde. Conclui-se que a ação foi fundamental para o desenvolvimento de habilidades comunicacionais e compreensão sobre as políticas públicas voltadas à adolescência pelos acadêmicos de Medicina.