Plantas medicinais na atenção primária à saúde: riscos, toxicidade e potencial para interação medicamentosa
DOI:
https://doi.org/10.34019/1809-8363.2022.v25.16611Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Etnobotânica, Fitoterapia, Plantas Medicinais, Terapias Complementares.Resumo
Visando contribuir para o fortalecimento do uso adequado de fitoterápicos na Atenção Primária à Saúde (APS), este estudo apresenta resultados de pesquisa exploratório-descritiva que buscou avaliar o risco associado ao uso de plantas medicinais. Foi realizado um levantamento etnobotânico e etnofarmacológico junto à população da área de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família (USF) rural localizada em um município da região Sul do Brasil. Em 80,65% dos domicílios visitados, verificou-se que o uso terapêutico de plantas medicinais estava associado a medicamentos de uso contínuo, e 51,61% dos entrevistados relataram não comunicar o uso de plantas medicinais ao profissional de saúde. 58,33% das espécies identificadas apresentaram possíveis riscos, contraindicações ou toxicidade, e 35,83% apresentaram possíveis interações com medicamentos convencionais de acordo com a literatura consultada. Discute-se sobre os riscos associados ao uso dessas plantas nessa população, e apresentam-se sugestões e orientações para minimizar esses riscos.