O Acolhimento em Saúde Bucal na Estratégia de Saúde da Família, Fortaleza-CE: um relato de experiência

Autores

  • Sharmênia de Araújo Soares Nuto Universidade de Fortaleza
  • Giselle Cavalcante de Oliveira Prefeitura Municipal de Fortaleza
  • Juliana Vieira de Andrade Prefeitura Municipal de Fortaleza
  • Maria Cristina Germano Maia Universidade de Fortaleza

Palavras-chave:

Acolhimento, Humanização da Assistência, Equidade em Saúde, Saúde Bucal

Resumo

No contexto da integração ensino-serviço, o acolhimento em saúde bucal foi implementado a partir de 25 de março de 2008, em um Centro de Saúde da Família (CSF), na cidade de Fortaleza-CE, em virtude da grande necessidade de se organizar o processo de trabalho da odontologia e melhorar a relação entre a equipe de saúde bucal (ESB) e os usuários. O processo de acolhimento divide-se em três etapas. Primeiramente, seu objetivo é explicado aos presentes e com eles pactuam-se os critérios para definir a ordem de prioridade para o atendimento. Após o que se dividem adultos e crianças em diferentes espaços e em pequenos grupos, para os quais são realizadas ações de educação em saúde. Num segundo momento, é realizado o exame de necessidades em saúde bucal. Os alunos e dentistas dividem-se em duplas. Cada paciente é examinado e classificado de acordo com o risco a que o mesmo está exposto. Essa informação é registrada em um cartão, que depois de carimbado e assinado, é entregue ao paciente. No terceiro momento, de posse do cartão, o usuário dirige-se a outra sala para o agendamento da consulta, caso haja necessidade. Entre março e novembro de 2008 foram atendidos 2.385 usuários, entre os quais 404 (16,9 %) não possuíam necessidade (risco 0), 870 (36,4 %) teriam sua necessidade resolvida numa única sessão clínica (pronto-atendimento), 654 (27,4 %) possuíam necessidades múltiplas (risco 1), 133 (5,5 %) necessidades intermediárias (risco 2) e 324 (13,5 %) pequenas necessidades. Ao somarmos os valores de risco zero e pronto atendimento, identificamos que, 53,3 % dos usuários teriam suas necessidades odontológicas resolvidas no próprio acolhimento ou somente em uma única sessão clínica. Essa análise está sendo importante para o serviço, pois aponta para a necessidade de readequação do processo de trabalho.

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Biografia do Autor

Sharmênia de Araújo Soares Nuto, Universidade de Fortaleza

professora de Saúde Coletiva, do Curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza ( UNIFOR)

Giselle Cavalcante de Oliveira, Prefeitura Municipal de Fortaleza

Cirurgiã Dentista, especialista em Saúde da Família

Juliana Vieira de Andrade, Prefeitura Municipal de Fortaleza

Cirurgiã Dentista, especialista em Saúde da Família

Maria Cristina Germano Maia, Universidade de Fortaleza

Professora de Saúde Coletiva e Clínica Infantil, Mestre em Saúde Pública

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Publicado

2010-11-15

Edição

Seção

Relatos de Experiência